André Negrão: "6 Horas de São Paulo será ótimo para o WEC"

Em coletiva durante a vistoria do FIA WEC em Interlagos nesta sexta (14), o campeão de 2018 se mostra empolgado para poder correr em casa

14 jul 2023 - 17h38
André Negrão tem tido uma temporada trabalhosa este ano, mas espera 2024 com esperança
André Negrão tem tido uma temporada trabalhosa este ano, mas espera 2024 com esperança
Foto: Julien Delfosse / DPPI

Na vistoria do FIA WEC e coletiva dada em Interlagos nesta sexta (14) para marcar 1 ano da realização da prova no Brasil, uma figura muito procurada foi André Negrão. O piloto da Alpine é um dos principais nomes da categoria (foi campeão da LMP2 em 2018 e vice campeão da principal em 2022) e era o último brasileiro a vencer na categoria até semana passada (venceu as 6 Horas de Monza de 2022)

Empolgado por estar em Interlagos e com a perspectiva de correr em casa, Negrão tem certeza de que uma grande festa será feita em casa: “Quando soube em Le Mans que o FIA WEC estaria de volta ao Brasil, uma corrida desta magnitude, com certeza me dá vontade de fazer parte disso”.

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Negrão mostrou empolgação não somente pelo evento, mas pelo tamanho que o campeonato está tendo. Com o novo regulamento, a vinda de marcas de peso como Peugeot, Ferrari, Porsche, BMW e Lamborghini e a possibilidade de correr também no IMSA, acabam por mostrar como as corridas de longa duração tem tudo para cair no gosto do brasileiro.

Negrão também falou sobre como tem sido a sua temporada até aqui. A Alpine apresentou o seu Hypercar às vésperas de Le Mans e fará sua estreia somente em 2024. Por conta disso, os franceses usam 2023 como uma grande transição, correndo na LMP2.

André Negrão na sua Alpine #35 em Le Mans
Foto: Paulo Maria DPPI

“Este ano é um grande reaprendizado do que vínhamos fazendo. O carro de 2020 pra cá mudou muito: tiraram muita aerodinâmica, pioraram muito a parte de pneu...Foi realmente um reaprendizado para saber como funciona este carro da LMP2. Afinal, é o mesmo carro com que fui campeão”

“É o mesmo chassi, mas motor é diferente, pneu é diferente, sem pressão aerodinâmica...Então está sendo muito difícil para a equipe e nós pilotos. Estamos melhorando, embora faltem 2 provas para terminar o campeonato. Le Mans melhorou, em Monza um pouco melhor.”

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“Comparados às outras equipes da LMP2, nós estamos atrasados. Mas estamos melhorando e acredito que ainda vem um pódio neste fim de temporada”.

Como o carro atual da LMP2 (Oreca 07) foi base para o Rebellion LMP1 que era usado até o final do ano passado, Negrão explicou melhor que não é tão diferente. Mas o motor era mais potente e o pacote aerodinâmico gerava mais pressão. “O que faz mais diferença são os pneus”, diz André. “Nós usávamos os Michelin, que eram um verdadeiro “chiclete”. Mas em forma de guiar, não muda muito”.

Nicolas Lapierre / Andre Negrao / Pierre Thiriet : o trio campeão da LMP2 de 2018 em Le Mans
Foto: FIA WEC - Joao Filipe/AdrenalMedia.com

Sobre 2024, Negrão respondeu que não sabe ainda como será o programa da Alpine, pois, segundo ele, ainda não foi falado. De certo mesmo tem o FIA WEC e o IMSA é uma possibilidade muito forte. Sobre correr e ganhar no Brasil, Negrão se empolga

“Ganhar no Brasil, na categoria principal, seria fantástico. Mas é cedo para pensar nisso. Primeiro tem que se fazer um bom desenvolvimento do carro, trabalhar muito bem com a equipe para quando chegar em julho do ano que vem, a gente ver o que pode acontecer”.

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