A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou na manhã desta terça-feira que Sabine Letícia Heitling, recordista sul-americana nos 3000 m com obstáculos (9min41s22), foi pega no exame antidoping por uso da substância proibida Metilhexaneamina (estimulante - S6), realizado durante o Troféu Brasil de Atletismo, no dia 7 de junho, em São Paulo.
Medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e de bronze no Pan de Guadalajara, em 2011, Sabine apresentou suas justificativas para a CBAt no dia 05 de julho de 2013 e não requereu o exame da amostra "B" de sua urina no prazo determinado pelas Regras da IAAF.
A CBAt não aceitou as explicações da atleta e suspendeu a atleta provisoriamente a partir desta segunda-feira. A atleta tem 14 dias para solicitar o seu julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBAt, ainda em conformidade com as Regras da IAAF.
Além de Sabine, a CBAt informou outro caso de doping no atletismo brasileiro com o maratonista Idalto dos Santos Rodrigues. O corredor foi pego no exame antidoping durante a Maratona de Brasília, no dia 5 de maio, onde foi constatada a presença das substância proibidas Amfepramona, Etilaminopropiofenona e Etilnorpseudoefedrina (metabólitos da Amfepramona) e OH-isopropil-bis-nor-sibutramina e OH-ciclobutano-bis-nor-sibutramina (metabólitos da Sibutramina).
Idalto também não requereu o exame da amostra "B" de sua urina e nem apresentou suas justificativas, sendo suspenso provisoriamente por 14 dias a partir desta segunda-feira, assim como aconteceu com Sabine.
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Mais recente caso de doping por uso de drogas, o jovem atacante Michael, do Fluminense, foi pego em exame antidoping durante a vitória do Fluminense sobre o time do Resende. Mesmo sem dar entrevistas, o jogador admitiu para a comissão técnica e dirigentes do Fluminense que é usuário de cocaína. O clube pretende auxiliá-lo na recuperação. Michael havia sido recentemente convocado para a Seleção Brasileira Sub-20. Confira nas próximas imagens outros casos de jogadores que já se envolveram com cocaína, maconha e outras drogas ilícitas:
Foto: Daniel Ramalho
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André Neles, conhecido durante parte da carreira pelo apelido de André Balada, admitiu em entrevista ao Jornal da Tarde em 2008 que consumia drogas na época em que jogava pelo Palmeiras, em 2003. O atleta afirmou que foi viciado durante três anos. Ele parou em novembro de 2004 quando passou a freqüentar uma igreja a pedido do goleiro Gustavo, seu companheiro no Figueirense
Foto: Gazeta Press
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Ídolo corintiano na década de 80, Casagrande teve seu vício em drogas exposto apenas anos depois do fim de sua carreira, quando já era comentarista da TV Globo, quando foi internado de forma involuntária pelos seus familiares após sofrer um acidente de carro. Recentemente lançou uma biografia chamada Casagrande e seus demônios, em que conta sua dependência com cocaína e heroína. O ex-jogador afirmou ainda que teria se dopado durante passagem pelo Porto, em 1987
Foto: Ricardo Matsukawa
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Ídolo do Corinthians no início da década de 90, o atacante Dinei foi pego no exame antidoping em 1996 pelo uso de cocaína, quando era titular do time do Coritiba. Jogador admitiu em entrevistas posteriores que já consumiu cola, maconha e cocaína. Dinei foi suspenso por 240 dias e ainda voltou a jogar em alto nível após o caso, ajudando o Corinthians a ganhar os títulos do Campeonato Brasileiro de 1998 e 1999
Foto: Ricardo Matsukawa
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Filho de Pelé, Edinho foi preso em 2005, acusado de associação com o tráfico de drogas. O ex-goleiro do Santos permaneceu 10 meses preso e na época chegou a visitar uma clínica para tratamento de dependentes químicos em Campinas. Edinho sempre usou como linha de argumentação de defesa de que apenas era viciado em maconha. Hoje em dia, totalmente reabilitado, ele faz parte da comissão técnica do Santos
Foto: Ivan Storti/Santos FC
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Durante entrevista à TV Globo, em 2008, o atacante Jardel admitiu que usava cocaína há algum tempo e que havia parado dois meses antes. O atleta disse que más companhias e que começou a se drogar após ficar deprimido ao se separar de sua mulher. Jardel afirmou que só consumia a droga nos períodos em que não tinha jogos a disputar, por isso não era preso no doping
Foto: Grêmio
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Quando despontava como uma das promessas do Botafogo, o atacante Jóbson foi pego por duas vezes no exame antidoping no Campeonato Brasileiro de 2009. Meses depois, durante julgamento ele admitiu que usou crack e acumulou quase dois anos de suspensões. Disputou o último Paulista pelo São Caetano, mas continua envolvido em confusões como a detenção recente com a acusação de que agrediu a mulher
Foto: Carlos Pessuto
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O zagueiro Junior Baiano foi pego no exame antidoping realizado após a final da Copa João Havelange, em 2000, entre Vasco e São Caetano. O atleta negou que tenha consumido a droga, mas pelo fato de terem encontrado o metabólico benzoilegonina na urina do atleta, o defensor foi suspenso por 120 dias. Na época, ele era acusado de se envolver com pessoas ligadas ao tráfico de drogas, mas nunca teve nenhuma prova contra o ex-atleta
Foto: Getty Images
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No auge da sua carreira, em 2000, o meia Lopes foi pego no antidoping por uso de Cocaína e suspenso pelo STJD por 120 dias quando atuava no Palmeiras. Para piorar a situação durante o tempo que ficou no alviverde, Lopes fugiu duas vezes da concentração e abandonou os treinos. O jogador passou por outros clubes grandes como Flamengo, Santos, Atlético-MG e Cruzeiro, mas nunca obteve o sucesso que prometia no início da carreira
Foto: Getty Images
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Flagrado por uso de anfetamina em uma partida do Campeonato Paulista contra o São Paulo, Mario Sergio acabou suspenso por três meses. Na época, em 1984, jogava no Palmeiras.
Foto: Lucas Uebel/VIPCOMM
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Ex-atacante do Palmeiras, Max foi flagrado no exame antidoping por consumo de cocaína em seu retorno ao América-RN, em 2012. O jogador assumiu o erro, mas não escapou da punição de dois anos de suspensão. "Infelizmente o diabo me pegou nesse caso. Tinha brigado com minha noiva e estava com problemas que não eram resolvidos no lado profissional. Discuti com minha noiva e fui para uma festa, onde fiz o uso", disse o jogador durante seu julgamento
Foto: Fernando Pilatos
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Em 2002, o lateral Michel foi flagrado no exame antidoping, que identificou na urina do atleta a substância canabinóides, da maconha, após um clássico contra o São Paulo em que o Santos venceu por 3 a 2, com um gol do jogador. O atleta foi suspenso por 120 dias, mas ainda acabou campeão brasileiro pelo time praiano no mesmo ano. Em 2005, Michel ainda fez parte do elenco do São Paulo campeão da Libertadores
Foto: Gazeta Press
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Contratação mais cara do Atlético-PR, o atacante uruguaio Santiago "Morro" Garcia foi pego no exame antidoping por uso de cocaína em partida entre o Nacional e Defensor, pelas finais do Campeonato Uruguaio 2010/2011, em junho. A prova foi divulgada quando ele já estava na equipe paranaense. Sem brilhar no time rubro-negro, ele foi devolvido ao Nacional em 2012
Foto: Fernando Borges
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ídolo de clubes do Rio, como Botafogo e Fluminense, e titular da Seleção na Copa do Mundo de 1974, Paulo César Caju se entregou para as drogas após o fim de sua carreira. Desanimado após ter largado o futebol, Caju experimentou cocaína e disse que permaneceu viciado na droga durante 15 anos. O ex-atleta se viciou também em bebida alcoólica
Foto: AFP
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Com passagem em times como Corinthians, Vasco e Portuguesa, o atacante Régis Pitbull viu sua carreira ser interrompida pelo consumo de crack. O atleta chegou a passar em duas clínicas de reabilitação. Na primeira foi expulso por agredir outro homem internado no local. Na segunda, permaneceu até o início de 2012. Quando deixou a clínica recebeu ajuda da Ponte Preta, clube em qual despontou para o cenário nacional. Porém, acabou não vingando na equipe campineira
Foto: Djalma Vassão
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O ex-atacante Reinaldo, ídolo do Atlético-MG na década de 70, chegou a ser condenado, em 1997, a quatro anos de prisão por envolvimento com tráfico de cocaína. O processo teve início no ano anterior, quando três pessoas foram presas em flagrante no carro do ex-jogador com 660 gramas da droga. Eles afirmaram que Reinaldo costumava emprestar o automóvel. O ex-atleta confessou o vício, mas negou envolvimento com o tráfico. Ele recorreu e acabou absolvido
Foto: Getty Images
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Quando atuava no Fluminense, o zagueiro Renato Silva fez um exame antidoping durante partida contra o Volta Redonda, no Campeonato Carioca de 2007, em que foi constatada a presença de THC (tetrahidrocanabinol) em seu organismo, substância química da maconha. Na ocasião, o atleta assumiu ter fumado a droga ilícita e pegou 120 dias de suspensão como pena
Foto: Daniel Ramalho
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O jovem goleiro Rodolfo, 21 anos, foi pego no exame antidoping na partida contra o CRB, pela quinta rodada da Série B de 2012, e teve resultado positivo para cocaína. O atleta acabou suspenso por dois anos, se internou em uma clínica de reabilitação e conta com o apoio do Atlético-PR para se recuperar. "Sou dependente químico há seis anos. Venho de pai e mãe humildes. Quando tinha 15 anos tive o meu primeiro contato com as drogas. Daí então consegui me controlar, mas em alguns anos eu voltei a usar", disse Rodolfo na época
Foto: Gustavo Oliveira/Site oficial do CAP
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Rodrigo Souto foi flagrado no exame antidoping com traços de uso de cocaína após a partida entre San José e Santos, em março de 2008. Amparado com uma liminar, o atleta disputou o Campeonato Brasileiro pelo time praiano naquele ano. No início de 2009, Souto acabou absolvido das punições. Um dos principais pontos da argumentação dos advogados do jogador era o fato de que o laboratório onde o exame foi realizado não atendia aos pré-requisitos exigidos pelas entidades internacionais
Foto: Getty Images
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Em bom momento na Portuguesa, o atacante Vaguinho acabou pego no doping por uso de maconha no Brasileiro Série B, em 2007, em partida contra o Paulista, em Jundiaí. O jogador teve o contrato renovado com a equipe lusitana, mesmo com suspensão de 120 dias. Atualmente ele atua no futebol chinês
Foto: Agência Lance
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Promessa vascaína em 2006, o atacante Valdiram acabou se perdendo na carreira. Afastado do clube cruzmaltino por atos de indisciplina, o atleta passou por diversas equipes menores, mas viu sua carreira se perder ao longo do tempo pelos gastos com bebida, mulheres e drogas. O fundo do poço aconteceu no início de 2011, quando ficou cinco meses consumindo cocaína todos os dias. O atleta acabou se internando em uma clínica de reabilitação, ligada a uma igreja evangélica. Em 2013, assinou contrato com o Bangu, mas sofreu para se recuperar de contusão no joelho