Os índices de ações dos Estados Unidos fecharam em território negativo nesta quinta-feira, com a retomada da liquidação de papéis de tecnologia de terça-feira, enquanto investidores lidaram com a crescente incerteza econômica e valuations exageradas.
O Dow Jones caiu 0,84%, para 46.913,65 pontos. O S&P 500 perdeu 1,12%, para 6.720,38 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 1,90%, para 23.053,99 pontos.
Os três principais índices acionários dos Estados Unidos perderam terreno, conforme o apetite pelo risco foi atenuado pelas preocupações com os preços inflacionados das ações, particularmente dos papéis de impulso relacionados à inteligência artificial (IA).
O índice Philadelphia de semicondutores caiu 2,4%.
As ações adjacentes à IA deram impulso à valorização nos últimos meses, que levou os índices a uma série de recordes, de modo que a fraqueza do setor foi um lembrete claro da dependência de Wall Street em relação à tecnologia.
"As valuations ainda são uma grande preocupação a longo prazo, mas (o mercado) ainda está em alta", disse Paul Nolte, consultor sênior de patrimônio e estrategista de mercado da Murphy & Sylvest. "Nesta semana, tivemos uma baixa de 1% a 1,5%. O que fizemos no dia seguinte? Subimos 80 pontos-base."
"Portanto, a mentalidade de comprar na baixa ainda está presente", acrescentou Nolte.
Com a persistência da paralisação do governo, participantes do mercado precisam lidar com a escassez de indicadores econômicos, enquanto o Federal Reserve, que depende de dados, está avaliando a necessidade de novos cortes nos juros no curto prazo.
Com a falta de fontes do governo, fontes alternativas do setor privado entraram em cena. Nesta quinta-feira, a empresa de recolocação de executivos Challenger, Gray & Christmas relatou que as empresas divulgaram um aumento mensal de 183,1% nas demissões em massa, o pior outubro em mais de duas décadas. O corte de custos e os esforços relacionados à IA estavam entre os principais motivos apresentados pelas empresas.
Entre os 11 principais setores do S&P 500, o de bens de consumo discricionário foi o principal fator de baixa, em queda de 2,5%. O setor de energia teve a maior alta percentual.
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