Nesta quinta, o Ibovespa foi impulsionado pelas declarações do senador Ciro Nogueira, que afirmou que, se a candidatura de Flávio Bolsonaro não ganhar tração até março, o nome do governador Tarcísio de Freitas seguirá no radar para 2026.
O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (18) em alta de 0,38%, aos 157.923,34 pontos, em um pregão de forte volatilidade. Apesar do avanço no dia, o índice acumulou queda de 1,77% na semana, pressionado por incertezas políticas e expectativas sobre juros.
O movimento foi impulsionado pelas declarações do senador Ciro Nogueira, que afirmou que, se a candidatura de Flávio Bolsonaro não ganhar tração até março, o nome do governador Tarcísio de Freitas seguirá no radar para 2026. Em entrevista ao Valor, disse ainda que Jair Bolsonaro não deve insistir sem viabilidade eleitoral.
Outro fator que ajudou o humor do mercado foi a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, após o Relatório de Política Monetária, de que não há definição sobre o próximo ajuste da Selic, decisão que cabe ao Copom.
Em destaque no Ibovespa, a Petrobras destoou e caiu (-0,25% ON e -0,58% PN), enquanto a Vale subiu 0,26%. No setor financeiro, os ganhos foram generalizados, de 0,19% no Banco do Brasil a 1,95% no BTG Pactual. Entre as maiores altas do dia estiveram Brava (+6,16%) e Suzano (+5,74%), enquanto Direcional (-3,48%) liderou as perdas.
No câmbio, o dólar ficou praticamente estável, com alta de 0,01%, a R$ 5,52, em meio a ajustes de posições e realização de lucros.
No cenário internacional, destaque para a decisão de política monetária do Banco do Japão, que elevou os juros em 25 pontos-base, para 0,75% ao ano, o maior nível em 30 anos, e sinalizou novos ajustes. Nos EUA, a inflação abaixo do esperado aumentou as apostas de corte de juros em janeiro.
Na Europa, o acordo União Europeia–Mercosul segue travado após a Itália se alinhar à objeção da França, levando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a adiar o cronograma para janeiro. O impasse gerou protestos de agricultores em Bruxelas na véspera da cúpula do Mercosul.
No Brasil, além das falas do BC, o Congresso transferiu para esta sexta-feira a votação do Orçamento de 2026. Sem o PLOA aprovado, emendas não são liberadas. O calendário prevê 55% dos recursos até o início de julho, aumentando a pressão por definição. O governo avalia que medidas fiscais recentes permitem cumprir a meta de déficit zero no próximo ano.
Em destaque no setor corporativo, a Petrobras firmou novos contratos de longo prazo com a Braskem e informou que vazamento de gás na P-40 foi controlado sem relação com a greve, enquanto a PetroRecôncavo aprovou a distribuição de R$ 300 milhões em dividendos, pagos em três parcelas até 2028.
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