O turismo doméstico no Brasil movimentou R$ 22,8 bilhões em 2024, registrando aumento de 11,7% em relação a 2023, com destaque para os maiores gastos na Região Sudeste e hospedagem como o principal custo.
O turismo doméstico movimentou R$ 22,8 bilhões na economia brasileira em 2024, representando um aumento de 11,7% em comparação com os R$ 20,4 bilhões registrados em 2023, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua - Turismo), divulgada nesta quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Do total de dinheiro gasto em viagens, R$ 8,7 bilhões foram de viagens com origem na Região Sudeste, seguida da Região Nordeste, com R$ 7,4 bilhões, e da Região Sul, com R$ 4,1 bilhões. As Regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram os menores gastos totais, com R$ 1,7 bilhão e R$ 978,0 milhões, respectivamente.
Embora as viagens do ano passado tenham sido responsáveis por injetar R$ 2,4 bilhões a mais na comparação com o ano anterior, em 2024, o número de viagens nacionais se manteve estável, com 96,7% das viagens realizadas por brasileiros tendo como destino localidades dentro do país. Ao todo, foram 19,9 milhões de viagens, número próximo aos 20 milhões registrados em 2023.
De acordo com a pesquisa, incluindo os destinos internacionais, 20,6 milhões de brasileiros viajaram em 2024, sendo a maioria das viagens (85,5%) motivada por razões pessoais. O lazer foi o principal motivo (39,9% das viagens), seguido de visitas a familiares e amigos (32,2%). Entre aqueles que viajaram a trabalho (14,5%), a maioria (82,7%) viajou para negócios ou atividades profissionais.
Origem e destinos nacionais
A Região Sudeste, a mais populosa do Brasil, foi a origem da maior parte das viagens realizadas em 2024, com 43,9% do total das viagens, seguida pelas Regiões Nordeste, com 23,8% e Sul com 17,4%. As Regiões Centro-Oeste e Norte foram origem de 8,2% e 6,7%, respectivamente, das viagens realizadas no País.
Os dados mostram que o Rio de Janeiro liderou como origem das viagens de lazer (58,7%), seguido por São Paulo (51,8%), pelo Distrito Federal (50,1%), por Santa Catarina (46,2%) e pelo Rio Grande do Sul (43,7%). No Nordeste, Pernambuco foi o estado com maior percentual de moradores realizando viagens (39%), enquanto no Norte, Amapá liderou com 32,7%.
Com relação ao destino das viagens, a distribuição percentual do número de viagens foi similar à distribuição da origem. As Regiões Sudeste (41,2%) e Nordeste (27,4%) apresentaram os maiores percentuais de destino das viagens. Na sequência, as Regiões Sul (17,6%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (6,3%) apresentaram as menores participações como destino das viagens.
Perfil dos viajantes e onde se gasta mais
Quanto ao perfil econômico dos viajantes, 45,7% das viagens foram realizadas por pessoas com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos. Para aqueles com renda abaixo de meio salário mínimo, o percentual de viagens foi de 10,4%.
A pesquisa também analisou os gastos dos turistas, mostrando que a hospedagem foi o maior item de custo, com uma média de R$ 1.706 por viagem. Alimentação (R$ 691), transporte (R$ 607), atrativos ou passeios (R$ 566) e compras (R$ 552) foram outros grandes gastos.
Os dados mostraram que o maior volume de gastos foi proveniente da Região Sudeste e o menor da Região Norte. No entanto, a Região Centro-Oeste foi a que apresentou o maior valor médio de gastos por viagem com pernoite, com os viajantes gastando em média R$ 2 182, seguidos das viagens da Região Sudeste, onde o gasto médio foi de R$ 2 128, e da Região Sul, com R$ 1 787.
A Região Nordeste, que apresentou o segundo maior gasto total, apresentou o menor gasto médio por viagem com pernoite de R$ 1.206, o que foi 10,4% menor que o gasto médio das viagens da Região Norte, que apresentou média de R$ 1.451 em viagens nacionais com pernoite.
Com relação às Unidades da Federação, como destino, os maiores gastos médios aconteceram em Alagoas (R$ 3.790), Ceará (R$ 3.006) e Bahia (R$ 2.711); os menores no Piauí (R$ 1.067) e Acre (R$ 1.019). O maior gasto médio como origem foi dos viajantes do Distrito Federal (R$ 3.090), e o menor, dos viajantes do Maranhão (R$ 941).
Na Região Sudeste, o Rio de Janeiro foi o Estado de destino com maior gasto médio das viagens (R$ 2.194) e Minas Gerais o de menor gasto (R$1.269). São Paulo (R$ 2.313) apresentou o maior gasto médio como origem da viagem e o Rio de Janeiro (R$ 1.749), o menor.
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