A United States Steel (US Steel) continuará sediada nos Estados Unidos, afirmou o presidente Donald Trump nesta sexta-feira, 23. Em publicação na Truth Social, Trump destacou que a decisão foi tomada "após muita consideração e negociação". O republicano também anunciou que a US Steel firmará uma parceria comercial com a japonesa Nippon Steel.
Segundo Trump, a aliança entre as duas empresas "criará pelo menos 70 mil empregos e adicionará US$ 14 bilhões à economia dos EUA". O presidente informou que "a maior parte desse investimento ocorrerá nos próximos 14 meses".
Na publicação, Trump afirmou que suas políticas tarifárias foram decisivas para garantir o retorno da produção nacional de aço: "minhas políticas tarifárias garantirão que o aço volte a ser, para sempre, feito nos EUA".
Além disso, Trump anunciou sua participação em um evento na fábrica da US Steel em Pittsburgh, marcado para 30 de maio, onde pretende celebrar o acordo.
Venda barrada
A Nippon Steel desejava comprar a US Steel, mas a negociação foi barrada pelo governo anterior dos Estados Unidos, de Joe Biden, para quem a venda representaria uma ameaça à segurança nacional.
"É minha solene responsabilidade como presidente garantir que, agora e no futuro, os Estados Unidos tenham uma forte indústria siderúrgica de propriedade e operação nacional que possa continuar a impulsionar nossas fontes nacionais de força no país e no exterior", disse Biden em um comunicado, à época. "E é um cumprimento dessa responsabilidade bloquear a propriedade estrangeira dessa empresa americana vital."
Durante a campanha presidencial de 2024, Trump havia dito que também tomaria a decisão de bloquear a negociação, caso fosse eleito.
A US Steel, que foi fundada em 1901 e se tornou um símbolo do capitalismo americano, vem enfrentando há anos dificuldades financeiras em meio às mudanças na dinâmica dos mercados globais de metais e à rápida evolução da tecnologia, que a empresa muitas vezes demorou a adotar.