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Mercado eleva projeção da Selic e do PIB para 2024; previsão para IPCA cai

Para mercado financeiro, no entanto, estimativa de inflação do ano que vem, que é o que o BC está de olho, subiu

6 mai 2024 - 10h04

BRASÍLIA - Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado elevou a mediana das estimativas para a taxa Selic no fim de 2024 de 9,5% na última semana para 9,63% ao ano. Há um mês, o patamar era de 9,00%. Para 2026, a projeção passou de 8,63% para 8,75%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa seguiu em 8,50%, onde se mantém por 39 semanas.

O Copom cortou a Selic pela sexta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, em março. O colegiado mudou a sinalização e indicou que o ritmo de corte de 0,50 ponto continua sendo o mais apropriado para a reunião que ocorre nesta semana - no singular, e não no plural.

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O Copom repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne esta semana para definir rumos dos juros
Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne esta semana para definir rumos dos juros
Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO / Estadão

De acordo com o Boletim Focus, o mercado revisou a inflação deste ano de 3,73% para 3,72% neste ano. Um mês antes, a mediana era de 3,76%. Para 2025, no entanto, que é o foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,60% para 3,64%, ante 3,53% de um mês atrás.

Para 2025, a projeção passou de 3,64% para 3,65%, considerando 113 atualizações no período. Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 44ª semana consecutiva - seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 44 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em março projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à das reuniões anteriores, de dezembro e janeiro. Para 2025, também seguiu em 3,2%.

12 meses suavizado

Os economistas do mercado financeiro também revisaram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana de 3,56% para 3,60%, de 3,50% há um mês. Essa medida ganha importância no contexto da meta de inflação contínua a ser perseguida pelo Banco Central, em substituição a de ano calendário. O centro da meta é 3%.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à meta-calendário vigente hoje.

No dia 20 de outubro, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto.

PIB

O mercado elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 2,02% para 2,05%, ante 1,90% de um mês atrás. Para 2025, o relatório trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 21 semanas.

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Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 39ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 41 semanas.

A expectativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,2%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.

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