Justiça de SP decreta prisão preventiva de envolvido em ataque hacker à C&M;

João Nazareno Roque confessou ter liberado suas credenciais para que o golpe pudesse ser aplicado

11 jul 2025 - 22h50
(atualizado às 23h00)
Resumo
Justiça de São Paulo decreta prisão preventiva de João Nazareno Roque, investigado pelo maior ataque hacker ao sistema financeiro brasileiro, que causou prejuízo de R$ 800 milhões à empresa C&M e a instituições financeiras.
João Nazareno Roque foi preso por suspeita de participar de ataque hacker. Defesa alega que ele foi manipulado
João Nazareno Roque foi preso por suspeita de participar de ataque hacker. Defesa alega que ele foi manipulado
Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira, 11, a prisão preventiva de João Nazareno Roque, de 48 anos, investigado pelo ataque hacker à empresa C&M. Ele estava em prisão temporária desde o dia 3 de julho. A informação é do jornal O Globo.

O ataque cibernético à empresa de software causou prejuízo de cerca de R$ 800 milhões a instituições financeiras clientes da C&M. O técnico de TI ofereceu suas credenciais e acesso ao sistema financeiro para que o golpe pudesse ser aplicado. O caso foi considerado o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro

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Roque trabalhava na C&M desde 2022, onde atuou na maior parte do tempo como eletricista. A empresa é responsável por conectar bancos menores e fintechs aos sistemas Pix do Banco Central (BC). 

O dinheiro retirado da empresa de software foi repassado para três instituições financeiras (Transfeera, Nuoro Pay e Soffy), suspensas pelo BC de forma cautelar, e para mais de 20 contas de Pix de participantes diretos ou indiretos do golpe.

Em depoimento à polícia, Roque afirmou que foi abordado na rua por um homem que sabia onde ele trabalhava e perguntou detalhes sobre sua função. 

Inicialmente, lhe foi oferecido o pagamento de R$ 5 mil para que ele desse acesso, com suas credenciais, ao sistema de transferências da empresa. O homem também disse que o técnico de TI seria recompensado com mais R$ 10 mil quando o golpe fosse executado. 

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O grupo acessou o sistema da C&M na madrugada do dia 30 de junho, no qual começou a fazer diversas transferências. Em nota à imprensa, a empresa afirmou que as evidências disponíveis até agora indicam que o incidente de segurança resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões.

Fonte: Redação Terra
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