Inteligência artificial está atingindo mercado de trabalho como um "tsunami", diz chefe do FMI

13 mai 2024 - 15h33
(atualizado às 15h51)

A inteligência artificial está atingindo o mercado de trabalho global "como um tsunami", disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, nesta segunda-feira.

É provável que a inteligência artificial afete 60% dos empregos nas economias avançadas e 40% dos empregos em todo o mundo nos próximos dois anos, disse Georgieva em um evento em Zurique.

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"Temos muito pouco tempo para preparar as pessoas e as empresas para isso", disse ela no evento organizado pelo Instituto Suíço de Estudos Internacionais, associado à Universidade de Zurique.

"Ela pode trazer um tremendo aumento de produtividade se a administrarmos bem, mas também pode levar a mais desinformação e, é claro, mais desigualdade em nossa sociedade."

Georgieva disse que a economia mundial se tornou mais propensa a choques nos últimos anos, citando a pandemia global de Covid-19 em 2020, bem como a guerra na Ucrânia.

Apesar de esperar mais choques, especialmente devido à crise climática, ela disse que a economia mundial permaneceu notavelmente resiliente.

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"Não estamos em uma recessão global", disse Georgieva, que foi alvo de protestos de manifestantes que pediam ações sobre as mudanças climáticas e o combate à dívida dos países em desenvolvimento.

"No ano passado havia temores de que a maioria das economias entraria em recessão, mas isso não aconteceu", disse ela. "A inflação que nos atingiu com uma força muito expressiva está em declínio, em quase todos os lugares."

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