Governo está fazendo o dever de casa no Orçamento e persegue meta de inflação, diz Tebet

Segundo ministra, falta de cultura de planejamento do País resulta em muito gasto e de pouca qualidade; para ela, tragédia no Rio Grande do Sul não afetará negativamente o PIB em 2024

23 mai 2024 - 18h49

BRASÍLIA - A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo está fazendo o dever de casa no que diz respeito ao Orçamento e destacou a meta rígida de inflação, com foco na perseguição do alvo de 3%. Ela participou do Fórum da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) nesta quinta-feira, 23, em Brasília.

"Temos uma meta de inflação rígida. Nós temos que perseguir os 3% de inflação, não mais do que isso, porque a inflação corrói o salário do trabalhador. Com responsabilidade fiscal estamos tocando agenda vigorosa de controle na equipe econômica", afirmou. Ela também destacou o arcabouço fiscal, que traz normas claras e impede o gasto acima da arrecadação.

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Mais cedo, ela reiterou a falta de uma cultura de planejamento do País, que acarreta muito gasto e de pouca qualidade. Ela também falou que o Plano Plurianual (PPA) elencou prioridades, como a neoindustrialização e a geração de emprego e renda.

"O Brasil tem grande janela de oportunidade a partir de 2026 graças à aprovação da reforma tributária", disse. Tebet também destacou o projeto das Rotas de Integração, capitaneado pelo Planejamento, e que visa a uma maior integração regional.

Tragédia climática

Segundo a ministra, a tragédia no Rio Grande do Sul não afetará negativamente o crescimento do Brasil em 2024, embora uma queda possa ser sentida no próximo trimestre. Ela ponderou que o socorro ao Estado pode ter impactos na relação entre dívida e PIB do País, mas reforçou que não haverá efeitos para o arcabouço fiscal e a meta de primário, já que as medidas de crédito extraordinário estão excetuadas deste resultado.

O governo divulgou na quarta-feira, 22, o boletim bimestral com a revisão das receitas e despesas, com piora na projeção do déficit para o ano — passou de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões, sem considerar os R$ 13 bilhões do pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul. Apesar do resultado negativo, ele continua no intervalo da banda da meta. Tebet reiterou que a meta do governo para 2024 é de resultado neutro. "Nossa meta é zero, estamos focados nesse objetivo", disse.

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Em relação ao socorro ao Rio Grande do Sul, ela avaliou que o pacote de medidas com estímulos para recuperar a economia gaúcha vai repercutir positivamente para a reconstrução do Estado e o crescimento do País. Tebet também falou que as medidas para socorrer a indústria do Estado, que são capitaneadas pelo Ministério da Fazenda, devem ser anunciadas o "mais tardar" até a sexta-feira, 31.

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