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Inflação sobe 0,24% em junho, com energia em alta e preço dos alimentos em queda

Essa foi a primeira queda registrada no grupo de alimentação e bebidas em nove meses

10 jul 2025 - 09h29
(atualizado às 09h33)
Resumo
A inflação foi de 0,24% em junho, puxada pela alta da energia elétrica e serviços, enquanto o grupo de alimentação registrou a primeira queda em nove meses, com redução de 0,18% nos preços.
Foi a primeira vez, em nove meses, que o grupo de Alimentação e bebidas registrou queda
Foi a primeira vez, em nove meses, que o grupo de Alimentação e bebidas registrou queda
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A inflação do país subiu 0,24% em junho, o que representa uma leve desaceleração em comparação ao mês anterior, de maio, quando foi de 0,26%.

Segundo o IBGE divulgou nesta quarta-feira, 10, a bandeira vermelha da energia elétrica foi o que mais puxou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima neste mês. 

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No ano, a inflação acumulada é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,35%. O percentual continua acima do teto da meta da inflação estabelecido pelo Banco Central, que é de 4,5%, considerando a tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo dos 3% da meta. 

“Com alta de 6,93% no primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial tem pesado no bolso das famílias, registrando o principal impacto positivo individual (0,27 p.p.) no resultado acumulado de 2025. Esta variação é a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi de 8,02%”, destaca Fernando Gonçalves, gerente do IPCA. Em junho, a energia elétrica subiu 2,96%.

No geral, o grupo Habitação teve alta de 0,99% nos preços. Além da energia elétrica, influenciou a alta na taxa de água e esgoto, que aumentou 0,59%. 

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou a primeira queda em 9 meses, com redução de 0,18% nos preços. O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). No lado das altas, destaca-se o tomate (3,25%).

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Já a alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche passou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.

A queda no grupo Alimentação e bebidas se reflete no índice de difusão do mês de junho, ou seja, no percentual de subitens que tiveram resultado positivo, que passou de 60% em maio para 54% em junho. Entre os alimentícios, o índice caiu de 60% para 46% e entre os não alimentícios, manteve-se a taxa de 60%.

“Foi o menor índice de difusão desde julho de 2024 (47%), quando o grupo Alimentação também apresentou uma redução em sua taxa (-1,00%)”, observa o gerente. “Se tirássemos os alimentos do cálculo do IPCA, a inflação do mês seria de 0,36%. E se tirássemos a energia elétrica, ficaria em 0,13%”, conclui.

O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês, aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda de 0,42% dos combustíveis, os aumentos nos custos de transporte por aplicativo, em 13,77%, e no conserto de automóvel, de 1,03%, impulsionaram a alta.

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“No mês anterior, a passagem aérea estava em queda, assim como os combustíveis, o que ajudou a taxa a ficar negativa. Neste mês, a passagem aérea registrou alta de 0,80% e o transporte por aplicativo puxou a taxa para cima, mesmo com a queda em combustíveis”, explica o gerente.

No agregado especial de serviços, o IPCA acelerou de 0,18% em maio para 0,40% em junho, e o agregado de preços monitorados, ou seja, controlados pelo governo, desacelerou de 0,70% para 0,60%.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco por conta do cinema, teatro e concertos (77,22%), devido ao encerramento da promoção de meia entrada, e da energia elétrica residencial (3,99%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).

Fonte: Redação Terra
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