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Dólar sobe 0,28% ante real com especulação eleitoral

Preocupações com as crescentes chances de reeleição de Dilma, cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados, impulsionaram a divisa norte-americana

2 out 2014 - 18h08
Una persona revisa billetes en una casa de cambios en Manila, ene 15 2014. El euro se apreció el jueves frente al dólar por primera vez en ocho días, después de que el presidente del Banco Central Europeo, Mario Draghi, no ofreció señales de un inminente programa de estímulo mediante la compra de bonos soberanos.
Una persona revisa billetes en una casa de cambios en Manila, ene 15 2014. El euro se apreció el jueves frente al dólar por primera vez en ocho días, después de que el presidente del Banco Central Europeo, Mario Draghi, no ofreció señales de un inminente programa de estímulo mediante la compra de bonos soberanos.
Foto: Romeo Ranoco / Reuters

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta quinta-feira, após alternar quedas e ganhos durante a sessão, com investidores especulando sobre as duas pesquisas eleitorais que devem ser divulgadas nesta noite e na expectativa do último debate presidencial antes do primeiro turno das eleições.

Preocupações com as crescentes chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados, impulsionaram a divisa norte-americana para quase R$ 2,50 durante a sessão, nível que não é atingido desde o ápice da crise financeira global em 2008.

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O dólar fechou em alta de 0,28%, a R$ 2,49 na venda. Na mínima da sessão, atingiu R$ 2,47. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,4 bilhões.

"Ninguém quer ser o último a saber o que vai sair nas pesquisas. O resultado é que qualquer espirro gera uma reação desproporcional no câmbio", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Levantamentos do Datafolha e do Ibope, atentamente monitorados pelo mercado, devem ser divulgados nesta quinta-feira. Além disso, nesta noite, os candidatos participarão de debate transmitido na TV Globo, último antes do primeiro turno das eleições.

Segundo operadores, circularam nas mesas de câmbio rumores de toda a sorte sobre as pesquisas.

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De um lado, conversas de que Dilma teria ampliado a vantagem contra a ex-senadora Marina Silva (PSB) impulsionaram o dólar à máxima da sessão no fim da manhã. Do outro, especulações de que Aécio Neves (PSDB), o candidato preferido dos mercados, poderia disputar o segundo turno com a atual presidente colocaram novamente o dólar para baixo durante a tarde.

O primeiro turno das eleições será disputado neste domingo e, nos últimos levantamentos, Dilma lidera o primeiro turno com ampla vantagem. Para a segunda rodada, a maior parte das pesquisas mostra empate técnico da candidata do PT com Marina, mas a última pesquisa do Datafolha já indica reeleição da atual presidente.

"O mercado ficou nervoso porque percebeu que tem só mais um dia para colocar apostas antes das eleições", disse o operador de uma corretora internacional.

A aproximação do patamar de R$ 2,50 manteve vivas as discussões sobre a tolerância do Banco Central brasileiro à alta recente da divisa, que eleva os preços de importados e, por isso, pressiona a inflação. A percepção majoritária é de que a autoridade monetária aguardará a volatilidade eleitoral passar para decidir se entra de forma mais pesada no mercado.

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Por enquanto, o BC continuou vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a US$ 197,1 milhões.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 9% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

Pela manhã, a queda do dólar foi auxiliada ainda pela depreciação da moeda norte-americana em relação a outras moedas emergentes importantes, em um movimento de ajuste após as altas recentes.

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