O dólar ganhava força ante o real nesta manhã de quinta-feira, após o Banco Central atualizar suas projeções econômicas e uma nova pesquisa indicar vantagem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral para 2026, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava ganhos ante uma cesta de divisas fortes.
Às 10h05, o dólar à vista subia 0,49%, aos R$5,5495 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- avançava 0,42%, aos R$5,5570.
Na quarta-feira, o dólar à vista encerrou em alta de 1,07%, aos R$5,5223, influenciado novamente por preocupações em torno da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência em 2026.
Nesta manhã de quinta-feira, uma pesquisa AtlasIntel para a Bloomberg indicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança de intenções de voto nos cenários para a eleição presidencial de 2026, enquanto Flávio tem desempenho melhor que o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas simulações de primeiro turno.
No cenário em que tanto Flávio quanto Tarcísio aparecem como candidatos, Lula lidera com 47,9% das intenções de voto, o senador soma 21,3% e o governador de São Paulo tem 15%. A margem de erro é de 1 ponto percentual.
As atenções se voltaram também para o Relatório de Política Monetária, no qual o Banco Central indicou que projeta uma inflação em 12 meses de 3,2% no terceiro trimestre de 2027 -- ainda um pouco acima do centro da meta contínua perseguida pela instituição, de 3%.
O terceiro trimestre de 2027 passou a ser considerado pelo mercado como um período chave, já que se torna a referência para o horizonte relevante da política monetária na reunião de janeiro do BC.
A partir das 11h, os investidores estarão atentos à coletiva de imprensa do presidente do BC, Gabriel Galípolo. No mesmo horário, o presidente Lula também dará uma entrevista à imprensa. À tarde, será a vez de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar a jornalistas em Brasília.
No exterior, o dólar sustentava ganhos ante moedas fortes como o iene e o euro, mas tinha sinais mistos ante as divisas de países emergentes, com os agentes à espera da divulgação nos EUA do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e do auxílio-desemprego, ambos às 10h30.
Às 10h04, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, incluindo o iene e o euro -- subia 0,14%, a 98,513.
Às 11h30, o Banco Central realiza leilão de 16.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro.
(Edição de Isabel Versiani)