5 lições sobre influência, a habilidade do século

Compreenda os mecanismos ocultos da influência e conquiste o seu espaço na economia digital

3 out 2022 - 12h48

Na economia digital, o poder não está nas mãos dos mais afortunados, que nasceram em berço de ouro. O poder hoje está nas mãos dos influenciadores digitais, aqueles que têm voz e inspiram pessoas, se tornando autoridades e referências nas comunidades que construíram, colecionando um exército de seguidores, que os usam de atalhos para suas escolhas e visões de mundo.

A pergunta que fica é: quem você é nessa relação social? Quem influencia ou quem é influenciado? E a resposta é: ambos!

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Foto: iStock

Primeira lição: todos nós somos influenciados e influenciadores.

Isso acontece porque nascemos programados para aprender e ensinar uns com os outros. O ser humano chega ao mundo totalmente cru, sem saber como interagir com o ambiente. Aprende a falar, a comer, a andar e constrói sua visão de mundo a partir da convivência com os outros. 

A sabedoria popular está correta quando diz que “você é a soma das cinco pessoas que mais convivem com você” ou quando diz “diga-me com quem andas que te direi quem és”. Tudo isso é fruto de uma verdade inquestionável: somos resultado daqueles que convivem e conviveram conosco, direta ou indiretamente. Assim como você também é parte de quem eles são.

Segunda lição: o cérebro humano é social e tem mecanismos inconscientes que nos levam a nos agrupar e a buscar uma posição de liderança.

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Fazer parte de um grupo e se destacar nesse grupo é um mecanismo inconsciente de sobrevivência, resultado da nossa herança genética dos nossos antepassados, que viveram em ambientes hostis e precisaram agir em grupo e construir comunidades para que a espécie sobrevivesse à idade da pedra. Essa habilidade nos fez chegar até aqui e faz parte da nossa natureza. Isso significa que temos impulsos fortíssimos de busca por uma conexão com outras pessoas, gerando uma necessidade intrínseca de pertencimento e reconhecimento social.

Terceira lição: a missão do nosso cérebro é nos ajudar a nos comunicar e a convencer as pessoas de que somos dignos de seu reconhecimento, por meio da linguagem.

Admiração e confiança são sentimentos importantes para conquistar pessoas e influenciá-las de alguma maneira. Mas ambos são resultado dos sinais ocultos que transmitimos a partir da nossa linguagem. O poder da influência está diretamente relacionado a uma imagem construída na mente dos outros. Essa imagem se modela a partir dos sinais que transmitimos, que nem sempre são explícitos, frutos da nossa comunicação verbal e não verbal, como: tom de voz, postura, gestos, roupas, palavras escolhidas e narrativas construídas. 

No fim, a única coisa que importa é o resultado das nossas ações e palavras na mente do outro. Tudo que transmitimos precisa fazer sentido para que o outro possa assimilar, compreender e, enfim, julgar como algo de valor para ele se influenciar. Se não formos compreendidos, não conseguiremos ser reconhecidos como autoridade. Se as pessoas não entenderem o que você fala, não te enxergarão como fonte de inspiração. Afinal, não basta você ser incrível, é preciso que as pessoas enxerguem isso e a comunicação é a base de tudo para este reconhecimento. Lembre-se: tudo o que você faz ou não faz, comunica algo.

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Quarta lição: todo mundo é inseguro por natureza e é a confiança que transmitimos aos outros que influencia a confiança que terão sobre nós.

Quando sentimos autoconfiança, transmitimos sinais que geram a sensação no outro de que sabemos o que estamos fazendo e falando, inspirando aqueles que estão inseguros a nos “seguirem”. Afinal, num mundo onde ninguém sabe o caminho, aqueles que parecem que sabem ganham destaque e lideram comunidades. Nos tornamos fonte de confiança para quem não sabe nada sobre o tema que sabemos (ou achamos que sabemos). Se estamos certos ou errados não vem ao caso, porque tudo é uma questão de percepção. Mas, quando acreditamos no que estamos falando e fazendo, transmitimos mensagens poderosas que geram confiança no outro. E o resultado disso é a capacidade de influenciar pessoas.

Se quiser influenciar pessoas, precisa começar a acreditar em si e no que prega. Do contrário, sinais de insegurança serão transmitidos de forma oculta por meio de gestos e tom de voz, fazendo com que você passe uma mensagem que não gera confiança no outro. Por isso, confiar em si e no que diz é a base do poder de influência.

Quinta lição: quanto mais pessoas você conquistar, mais pessoas você conquistará, construindo uma comunidade em torno de você.

Uma vez que sua imagem se torna uma verdade coletiva, você chegará ao ápice da sua influência por meio da sua reputação. 

Reputação é o consenso sobre você ou sua marca. Influencia a visão das pessoas sobre você, pois quando alguém lhe indica, lhe recomenda ou lhe faz referência, outras pessoas vão te conhecendo e te enxergando dessa forma, sugestionadas pela opinião que receberam sobre você ou sua marca.

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Autoridade é uma base forte para se tornar um perfil influente. Afinal, quando nos tornamos referência em um tema, somos associados diretamente a isso toda vez que as pessoas pensam no assunto. É quase como entrar na lista “top of mind” do tema que você representa ou no seu segmento de atuação. 

Vale lembrar que é preciso efetivamente ser para ter (reconhecimento), porque a reputação depende da sua coerência entre o falar e o fazer (ou ser). Mentiras são frágeis. Mesmo que por um tempo dê certo, uma hora alguém percebe a inconsistência e sua reputação estará arruinada.

Espero que tenha ficado claro que, além de ser de verdade, é preciso mostrar e parecer, construindo uma imagem social com consistência, visibilidade e boa reputação. Quem não é visto, não é lembrado e, portanto, não influencia ninguém. A maioria das pessoas têm medo de se expor, poupando o mundo dos seus talentos. Aqueles poucos que o fazem ganham destaque, ocupando o espaço deixado por aqueles que se deixaram sabotar pelo medo da rejeição social. 

Espero ter gerado muitos insights para te ajudar a se tornar influente na vida e nos negócios e a te libertar do medo de se fazer presente no mundo, impactando positivamente mais gente no ambiente físico e digital.

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Para mais insights, siga-me no Instagram @perla_amabile

Fonte: Perla Amabile Estrategista de negócios, pesquisadora, especialista em neurociência, consumo e tomada de decisão, Perla Amabile atua como diretora de Estratégia & Insights há mais de 20 anos. Hoje é professora de MBAs e pós-graduações em escolas de negócios. Entusiasta de insights humanos para inovação de negócios e estratégias de branding, ajuda marcas a aumentarem seu valor na mente e no coração das pessoas.
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