O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, minimizou na noite desta terça-feira possíveis impactos sobre os ativos globais, incluindo os brasileiros, da eleição presidencial norte-americana, independentemente do candidato que sair vitorioso.
Em entrevista à CNN Brasil, Campos Neto evitou falar diretamente sobre consequências de uma eventual vitória do republicado Donald Trump, que vai enfrentar o presidente democrata Joe Biden na eleição de novembro. No entanto, ele descartou uma ruptura em qualquer cenário.
"Não vai ter uma ruptura em mercados pela eleição norte-americana", afirmou, reiterando que o resultado não terá tanto impacto nos preços internacionais.
Ao avaliar o cenário geopolítico, Campos Neto disse ainda que o mundo passa atualmente por um período de "reacomodação das cadeias mundiais de suplementos", em que o planeta passa a ser dividido em partes.
"A globalização está se transformando numa segmentação de grandes grupos de comércio", afirmou. "A globalização como a gente viu no passado está em xeque", acrescentou Campos Neto, argumentando ainda que o protencionismo gera "custo e incerteza".
