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Bovespa cai 3% e quase zera ganhos do mês

Volume financeiro do pregão somou R$ 10,5 bilhões

16 out 2014 - 18h17
Un grupo de estudiantes afuera del BM&Bovespa  en Sao Paulo. Imagen de archivo, 10 agosto, 2011. Los mercados financieros de Brasil escalaron el lunes luego de que el candidato Aécio Neves tuvo una inesperada sólida votación en las elecciones presidenciales del domingo, lo que podría reformular el debate económico en lo que se espera sea un reñido balotaje frente a la mandataria Dilma Rousseff.
Un grupo de estudiantes afuera del BM&Bovespa en Sao Paulo. Imagen de archivo, 10 agosto, 2011. Los mercados financieros de Brasil escalaron el lunes luego de que el candidato Aécio Neves tuvo una inesperada sólida votación en las elecciones presidenciales del domingo, lo que podría reformular el debate económico en lo que se espera sea un reñido balotaje frente a la mandataria Dilma Rousseff.
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O principal índice da Bovespa fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira e quase zerou os ganhos acumulados no mês, ainda sob efeito da onda de aversão a risco que se espalhou nos mercados externos por preocupações com o crescimento global.

Agentes financeiros locais também repercutiram pesquisas eleitorais confirmando empate técnico entre o candidato Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial, e em particular o aumento na rejeição ao candidato tucano revelado pelo Datafolha.

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O Ibovespa encerrou em baixa de 3,27%, a 54.298 pontos, com quase todas as ações da carteira teórica no vermelho, na segunda sessão seguida de queda.

O declínio apurado na véspera e nesta sessão reduziu o ganho acumulado no mês para 0,34%, ante os 7,2% contabilizados até a terça-feira.

O volume financeiro do pregão somou R$ 10,5 bilhões.

No exterior, as bolsas nos Estados Unidos ensaiaram uma reação, após dados de auxílio-desemprego e comentários do presidente do Fed de St Louis, James Bullard, mas teve dificuldade de firmar-se no azul, diante da apreensão sobre o potencial impacto da fraqueza da demanda global na economia norte-americana.

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O S&P 500 encerrou o dia praticamente estável. Na Europa, mais cedo, FTSEurofirst 300 tocou a mínima de 13 meses antes de fechar em queda de 0,49%.

Muitos profissionais veem o movimento como realização de lucros e redução de exposição a risco com o quadro mais incerto, uma vez que há poucas semanas o S&P 500 estava na máxima recorde, enquanto o europeu atingia a maior cotação em vários anos, mesmo com a recuperação econômica ainda lenta.

O gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos, destacou que a deterioração externa somou-se à tensão doméstica com o cenário eleitoral. "Trouxe um componente adicional e importante de volatilidade", ressaltou.

Operadores disseram que pesou sobre na Bovespa nesta quinta-feira, principalmente nas empresas estatais, o aumento da rejeição ao candidato do PSDB, favorido do mercado, mostrado por pesquisa Datafolha na véspera, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) viu sua rejeição oscilar para baixo.

As ações da Petrobras figuraram entre as maiores perdas, com recuo superior a 7%, embora ainda acumulem ganho em outubro. Eletrobras e Banco do Brasil também fecharam no vermelho.

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Notícias corporativas

As ações da Oi recuaram 7,4%, após o conselho de administração da empresa de telecomunicações aprovar proposta de grupamento da totalidade de ações ordinárias e preferenciais da companhia, na razão de dez para uma.

MRV encerrou estável após divulgar que suas vendas contratadas subiram 5,7% no terceiro trimestre sobre um ano antes. Já os lançamentos subiram 17,3% na mesma base. Mas a MRV apurou recuos em ambas as linhas na comparação com o segundo trimestre.

O dólar ainda em alta ajudou as ações da Embraer, que têm a receita impactada por exportações.

Fora do Ibovespa, os papéis da MMX Mineração e Metálicos despencaram 16,6% depois que a MMX Sudeste Mineração dar entrada com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência.

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