Vai ao ar às 23h desta terça-feira (23) a Retrospectiva 2025 da RedeTV, sob o comando de Willian Kury.
O apresentador e sua equipe saíram de São Paulo para gravar sobre temas relevantes em outros lugares.
Os destaques do meio ambiente, por exemplo, tiveram como cenário uma tribo indígena no norte do país.
Os corredores do poder, em Brasília, também serviram de cenário. A primeira edição do programa ficou com quatro horas de duração.
“Tivemos de refinar para uma hora e meia, mas nada será perdido. Um QR Code vai aparecer na tela o tempo todo para direcionar o telespectador a conteúdos exclusivos”, explica Kury.
No estúdio, o apresentador aparecerá diante do supetelão com 37 metros de largura por 4 metros de altura, o maior entre as emissoras brasileiras.
O jornalista revelou detalhes do trabalho em conversa com a coluna.
O que viu de interessante nas viagens para as gravações?
O grande destaque foi a imersão que fizemos na tribo indígena Waimiri-Atroari, na divisa dos estados do Amazonas e Roraima. O grupo foi classificado como insociável pelos colonizadores e quase acabou dizimado pelo governo na ditadura. Sempre foi uma etnia fechada aos brancos, e ainda hoje é proibido entrar em suas terras. Conseguimos uma autorização e passamos três dias com eles. Gravamos toda a retrospectiva de meio ambiente lá dentro, trazendo o olhar do povo originário sobre a necessidade de preservação do planeta.
Como avalia sua primeira vez como apresentador de uma retrospectiva na TV?
Acredito que foi possível unir minhas qualidades. Apliquei o olhar de repórter, com uma abordagem diferente de uma retrospectiva tradicional. Mais do que exibir o que aconteceu no ano, fizemos uma leitura pós-acontecimento com análises. Relacionamos os fatos que ocorreram em locais e datas diferentes ao longo do ano.
No geral, o telejornalismo cumpriu sua missão em 2025?
Acredito que sim. Hoje, o nosso trabalho é comparado ao dos veículos digitais, perfis em redes sociais e revistas com viés. Fica muito fácil criticar o trabalho do jornalista sério, que não sucumbe. Na minha visão, o telejornalismo se mostrou íntegro e necessário.
O que destaca de suas matérias este ano?
Um tema que está presente na retrospectiva é a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente e da fauna. Realizei algumas matérias com temas resgatados na retrospectiva. Ficamos em cima do lance, atualizados e relevantes. Em outras áreas também tivemos forte cobertura, como a criminalidade. Fiz algumas reportagens sobre o PCC, que tem um espaço especial no programa. Há uma entrevista exclusiva com o promotor Lincoln Gakiya, que é jurado de morte pela facção. Ele afirma que o PCC nunca chegou tão perto de matá-lo como em 2025, e que não tem dúvidas de que o ex-delegado Ruy Ferraz foi morto pelo grupo.
O que vem de novidade em 2026?
Continuarei produzindo especiais, tenho muitas ideias em mente, e atuando como substituto do Datena no ‘Brasil do Povo’.