Ator perdeu papel de protagonista na Globo após novela ser estendida há 49 anos

Ator foi escolhido para viver protagonista de trama das seis da Globo, mas perdeu papel após novela das 22 horas ser espichada pela emissora

10 fev 2025 - 10h02
Eduardo Tornaghi e Norma Blum
Eduardo Tornaghi e Norma Blum
Foto: Reprodução/Globo / Contigo

Em 9 de fevereiro de 1976, há 49 anos, a Globo estreava Vejo a Lua no Céu como sua nova novela das seis. A trama, com texto de Sylvan Paezzo era baseada no conto homônimo de MarquesRebelo e quase teve Ney Latorraca como protagonista. O ator perdeu o protagonista após O Grito, novela das 22 horas em que o intérprete integrava o elenco principal, ser estendida.

Substituição do protagonista

Vejo a Lua no Céu retratava a vida da família de Seu Pedro (Alberto Pérez), um homem austero e tradicionalista, dono de uma fábrica de meias ameaçada pela falência. Seu filho mais velho, Fernando (Eduardo Tornaghi), apaixonado por Suzana (Norma Blum), tentava enfrentar as convenções familiares para viver sua história de amor.

Publicidade

O protagonista, segundo o jornalista NilsonXavier, do Teledramaturgia, estava inicialmente reservado para Ney Latorraca, que vinha se destacando em O Grito. No entanto, com o aumento dos capítulos da novela das 22h, ele não pode assumir o novo projeto. Com isso, a emissora precisou remanejar sua escalação: Eduardo Tornaghi, que interpretaria um outro personagem, acabou assumindo o papel principal.

Para preencher a lacuna, a produção escalou Cláudio Cavalcanti para viver Eusébio, personagem que inicialmente seria de Tornaghi. Cavalcanti, por sua vez, estava finalizando sua participação em Bravo!, novela das 19h.

Elenco mirim e dificuldades de produção

A trama foi um dos primeiros grandes sucessos de Isabela Garcia, que, como recorda Xavier, na época tinha apenas 8 anos e foi creditada pela primeira vez em uma novela. Além dela, destacaram-se os jovens Márcio Bernstein e Miriam Ficher, esta última posteriormente conhecida por sua carreira na dublagem.

As gravações enfrentaram desafios técnicos comuns a produções de época, conforme relatado pelo produtor Almeida Santos na revista Amiga em julho de 1976: "Tivemos dificuldades para encontrar locais que mantivessem a arquitetura do Rio de Janeiro de 1917 e, principalmente, para evitar a captação de ruidos modernos, como tráfego e antenas de televisão em edifícios".

Publicidade

Ainda assim, destaca o Teledramaturgia, a produção conseguiu filmar em lugares históricos da capital fluminense, como a Floresta da Tijuca, Confeitaria Colombo, Outeiro da Glória, Largo do Boticário e Santa Teresa.

Contigo
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se