Diante desses números, dá pra dizer que a TV aberta vai mesmo acabar?

O streaming superou a soma total da audiência da TV aberta e da TV a cabo

21 jul 2025 - 06h49
Resumo
O streaming alcançou 46% da audiência total de TV nos EUA em junho de 2025, superando a soma da TV aberta e a cabo, marcando uma mudança no consumo, mas sem indicar o fim imediato da TV tradicional.
Diante desses números, dá pra dizer que a TV aberta vai mesmo acabar?
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A tradicional queda na audiência da televisão aberta durante os meses de verão nos Estados Unidos atingiu um novo recorde negativo em junho de 2025. Pela primeira vez desde que a Nielsen, empresa líder em medição de audiência, começou a rastrear o uso de TV por plataforma há quatro anos – e possivelmente pela primeira vez na história, considerando a dominância da TV aberta por tanto tempo –, as redes de transmissão aérea representaram menos de 20% da audiência total. Os dados do relatório mensal mostram que a TV aberta registrou apenas 18,5% da audiência no mês, uma queda significativa em relação aos 20,1% de maio.

Enquanto a TV tradicional patina, o consumo de TV em todas as plataformas cresceu 3% em junho na comparação mensal. O principal motor desse aumento foram as crianças e adolescentes em férias escolares. Pessoas com idades entre 6 e 17 anos passaram 27% mais tempo em frente às telas da TV em junho do que em maio, com o streaming respondendo por dois terços dessa audiência juvenil.

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Consequentemente, o streaming atingiu um novo recorde mensal, alcançando 46% de todo o uso de TV. Pelo segundo mês consecutivo, o streaming superou a soma total da audiência da TV aberta (18,5%) e da TV a cabo (23,4%), consolidando sua liderança no cenário do consumo de conteúdo.

Isto significa que a TV aberta vai acabar? Ainda não. Os dados indicam que as TV tradicionais estão encontrando novos meios de distribuição, em especial a internet, mas ainda estão longe de sucumbirem. Entretanto, a mudança de paradigma é notável. Os sinais de TV pela tradicional via aérea diminuem a cada dia que passa.

Será que esta realidade é compatível com a brasileira? Será que um dia conviveremos com sinais apenas vindos da internet?

(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.

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