Em 7 de agosto de 2003, cerca de 1.800 pessoas passaram pelo histórico casarão cor de rosa no número 1105 da rua Cosme Velho, no bairro homônimo, na zona sul do Rio. Foram prestar a última homenagem a Roberto Marinho.
Roberto Marinho e a família ocuparam o imóvel inspirado em uma sede de engenho de Pernambuco a partir de 1943
Foto: Divulgação
O presidente das Organizações Globo morrera na noite anterior, aos 98 anos, por complicações de um edema pulmonar. O velório na residência onde ele viveu por seis décadas reuniu empresários, banqueiros, políticos e artistas.
Compareceram também alguns inimigos declarados do dono da TV Globo, como o ex-governador Leonel Brizola (1922-2004) e o então presidente Lula. Dali o caixão de Roberto Marinho partiu em um carro de reportagem da emissora que criou até o Cemitério São João Batista.
A casa construída no início da década de 1940 continuou ocupada pela viúva, dona Lily Marinho, até a morte dela, em 2011. Depois, os herdeiros do clã decidiram transformar o imóvel em estilo neocolonial com jardim projetado pelo renomado paisagista Burle Marx (1909-1994) em um centro cultural.
As centenas de obras de arte vistas por poucos privilegiados nos famosos almoços, jantares e saraus – por lá passaram astros do cinema, músicos consagrados, escritores premiados e estadistas estrangeiros – estão ao alcance dos olhos do público em geral desde abril de 2018.
Por conta da pandemia de covid-19, a Casa Roberto Marinho ficou fechada por alguns meses. A reabertura acontecerá no sábado, dia 5, com ingressos gratuitos até 4 de outubro. O interessado em visitar o espaço precisa agendar dia e horário no site da instituição. Selecionamos algumas fotos que mostram a grandiosidade e a beleza do lugar.
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Veja mais fotos:
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O imóvel familiar se tornou centro cultural com 1.200 m² de área expositiva e mais de 1.500 obras de arte no acervo
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O belo jardim aos pés da Floresta da Tijuca abriga espécies nativas da Mata Atlântica
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A piscina da mansão foi transformada em um espelho d´água apreciado pelos visitantes
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A propriedade parece um mundo paralelo no meio do caos sonoro do Rio de Janeiro
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Um dos destaques do acervo, posicionado em lugar de destaque na casa, é uma sinuosa obra do artista Frans Krajcberg (1921-2017)
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Diante do piano do casarão se apresentaram grandes nomes da música, como Dorival Caymmi, Pixinguinha e a fadista portuguesa Amália Rodrigues
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Um dos cômodos virou uma aconchegante sala de cinema com programação de documentários de arte
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Foto do acervo de dona Lily Marinho mostra a suntuosidade dos jantares oferecidos por ela e Roberto Marinho
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Dona Lily e Roberto Marinho se conheceram em 1942, mas só se casaram em 1991: uma história de amor que renderia uma novela
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