Com R$ 10 bilhões, ‘sogro’ desprezado de Diana vive recluso

Mohamed Al-Fayed, pai do playboy que morreu com a princesa, jamais foi aceito na alta sociedade nem na realeza

12 set 2021 - 12h20

Em 1997, logo após o anúncio da morte de Diana, um personagem secundário ganhou protagonismo ao gerar manchetes bombásticas na imprensa. Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, o namorado da princesa morto instantaneamente no acidente de carro, declarou que o casal havia sido assassinado.

Mohamed Al-Fayed quis derrubar a monarquia para vingar o filho e Diana, acabou derrotado e deixou a Inglaterra
Mohamed Al-Fayed quis derrubar a monarquia para vingar o filho e Diana, acabou derrotado e deixou a Inglaterra
Foto: Reproduções

Ele acreditava que a família real britânica teria envolvimento em um suposto plano para matar a ex-mulher de Charles e o homem com quem estava envolvida naquele verão europeu. Para Al-Fayed, a realeza jamais admitiria que a mãe do futuro rei, William, se relacionasse a sério com um egípcio muçulmano como Dodi e pudesse estar grávida dele. Esse boato de gestação foi desmentido pelo laudo da necropsia.

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A suspeita de crime chocou a rainha Elizabeth e seu clã. Os tabloides sensacionalistas fizeram da história um escândalo lucrativo. Possuído pela dor do luto, Mohamed aproveitou a circunstância para exalar profundo rancor pela elite da Inglaterra. Apesar de ter se mudado para Londres em 1974, ele jamais se sentiu aceito na sociedade local.

Mesmo sendo residente fixo e um dos maiores investidores no País, não conseguiu a cidadania britânica. Teve os pedidos rejeitados sem explicações e foi multado várias vezes por burlar o pagamento de impostos. Al-Fayed se dizia vítima de discriminação por ser árabe, de família pobre, ter ligação com o Islã e construído sua fortuna a partir do trabalho no mercado internacional de armas. “Me veem como um terrorista da Al-Qaeda”, reclamou.

Cego de ódio, disparou inúmeras vezes contra o então primeiro-ministro, Tony Blair, a quem acusou de participar do hipotético plano secreto de assassinato, e disse que o marido da rainha, príncipe Philip, era um “racista e nazista que deveria voltar para a Alemanha”.

Na época da morte de Diana e Dodi, o empresário se gabava de ser dono da Harrods, a luxuosa loja de departamentos de Londres. Sentindo-se cada vez mais esnobado na Inglaterra, ele se desfez do negócio em 2010. Vendeu também o Fulham Football Club. Ainda é proprietário do lendário Hotel Ritz de Paris, de onde o casal saiu na Mercedes para encontrar a morte 2,4 quilômetros à frente, no túnel da Ponte d’Alma.

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Em 2015, o magnata voltou a gerar manchetes ao ser acusado de estupro por uma jovem. Meses depois, o caso foi arquivado. Hoje, Mohamed Al-Fayed está com 92 anos e vive recluso no Principado de Mônaco, paraíso fiscal no Mediterrâneo. De acordo com a revista ‘Forbes’, possui patrimônio de 1,8 bilhão de dólares, o equivalente a quase R$ 10 bilhões.

Ele ainda acredita que seu filho e a princesa Diana foram vítimas de uma conspiração sangrenta que partiu do Palácio de Buckingham.

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