O encerramento de 2025 ganhou um tom profundamente reflexivo para Schynaider Moura, que decidiu compartilhar com o público um relato íntimo sobre o processo de atravessar o luto pela morte da filha Anne Marie, ocorrida em setembro, aos 16 anos. Em uma publicação nas redes sociais, a modelo falou sobre transformação, silêncio e reconstrução emocional, descrevendo um período marcado por revisões internas e novas formas de enxergar a própria existência após a perda.
Ela explicou que tem vivido um processo contínuo de reaprendizado, sem pressa e sem respostas prontas. "Vou construindo dia após dia… Ainda carregando uma dor dentro de mim. Estou em obra, em reconstrução. Revendo valores. Revendo o que faz sentido e o que não faz mais", escreveu. Segundo Schynaider, esse caminho inclui questionamentos profundos e um olhar mais atento para aquilo que realmente importa, mesmo quando a dor ainda se faz presente.
Entre a dor e o renascimento
Ao falar sobre o impacto da perda, a modelo descreveu como o luto altera completamente a percepção da realidade. "A perda traz uma realidade brutal. A gente perde a consciência do que é sólido, mas também começa a enxergar o que nasce quando uma semente é plantada", afirmou. Para ela, o sofrimento abriu espaço para compreender transformações internas que surgem justamente nos momentos mais difíceis, quando é preciso reaprender a viver.
Apesar do vazio deixado, Schynaider Moura reforçou que não enxerga sua trajetória como interrompida, mas transformada. "Tudo virou aprendizado, renascer dentro da dor, nesse labirinto de emoções, e sentir a presença de uma força maior do que nós", declarou. Ela definiu o luto como um processo paradoxal: "A perda é morte e renascimento ao mesmo tempo", afirmando que essa compreensão tem lhe trazido serenidade.
Mãe também de Elle-Marie e Gioe-Marie, a modelo encerrou sua mensagem olhando para o futuro com cautela e esperança. "A vida não acabou. Ela mudou de forma", escreveu, antes de concluir: "Não fecho ciclos, eu honro tudo o que me atravessou. Entro em 2026 em obra. Com fé, com consciência e com amor". Para ela, o novo ano representa continuidade, não apagamento, e a possibilidade de seguir vivendo com mais verdade e sensibilidade.