Ícone do cinema francês, Brigitte Bardot morreu aos 91 anos, conforme foi divulgado neste domingo, 28. A atriz era aposentada há mais de 50 anos e usava a fama que ganhou para o ativismo em prol dos animais. Por isso, ela deu uma entrevista a Rita Lee, também grande defensora da causa animal. Durante a conversa, ela também comentou a relação que tinha com a ideia da morte.
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"A morte me dá medo porque ela é monstruosa, e eu só gosto do que é belo", disse Brigitte em entrevista a Rita, que foi capa da revista Ela em 2018.
Durante a conversa, Brigitte também falou da dedicação com a causa animal. "Todas as batalhas são difíceis. Não há hierarquia para a dor dos animais. Mas o que ficará marcado para sempre como o mais inesquecível é o combate contra o massacre das focas, que foi uma vitória conquistada depois de 30 anos de espera."
"Como gostaria de ser lembrada, além de a deusa mais sexy do planeta?", pergunta Rita em um trecho da entrevista. "A fada dos animais", respondeu a atriz francesa.
A morte da artista foi divulgada pela Fundação Brigitte Bardot na manhã deste domingo, 28. "A Fundação Brigitte Bardot anuncia com imensa tristeza o falecimento de sua fundadora e presidente, Brigitte Bardot, a atriz e cantora mundialmente famosa, que optou por abandonar sua prestigiosa carreira para dedicar sua vida e energia ao bem-estar animal e à sua Fundação", diz o comunicado, sem especificar a data ou o local da morte.
Estrela do cinema e conhecida em todo o mundo, a atriz passou a usar a fama global para defender mais direitos e proteção dos animais a partir do início da década de 1960, algo que se tornaria a causa de sua vida.
Desde o início, ela defendeu a introdução de pistolas de dardo cativo em matadouros para garantir que o abate de animais fosse o mais indolor possível. A partir de 1976, juntou-se a uma campanha global contra a caça à foca. Em 1986, fundou a Fundação Brigitte Bardot, que defende o bem-estar animal em todo o mundo.