A cerimônia realizada em Bangkok nesta sexta-feira (21) confirmou Fátima Bosch, de 25 anos, como a nova Miss Universo 2025. A mexicana brilhou após semanas de avaliações, desfiles e aparições, enquanto a representante do Brasil, Maria Gabriela Lacerda, garantiu um lugar entre as 30 melhores colocadas. A vitória da mexicana, entretanto, tem um peso extra por vir após um momento tenso nos bastidores do concurso, marcado por um incidente envolvendo um dos organizadores do evento.
No início de novembro, Fátima Bosch foi alvo de críticas duras do executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, que, durante uma transmissão ao vivo, a chamou de "estúpida", alegando que ela não havia publicado conteúdo suficiente sobre a Tailândia em suas redes sociais. A situação se agravou quando ele pediu que a segurança interviesse, levando a Miss México a se retirar do local acompanhada pela Miss Iraque. A cena repercutiu rapidamente, e outras candidatas chegaram a se manifestar, mas foram interrompidas quando o executivo ordenou que "quem quisesse continuar" se sentasse. O vídeo viralizou e gerou intensa repercussão dentro e fora do concurso.
Reinas maltratadas. Un directivo del Miss Universo reclamó de muy mala forma a Miss México por no promocionar a Tailandia, país sede del concurso de belleza. El bochornoso episodio terminó muy mal y muchas reinas abandonaron el salón. pic.twitter.com/tXKQKrtZdI
— La Historia USA (@LaHistoriaUSA) November 4, 2025
Repercussão e posicionamentos oficiais
Após o susto, Fátima Bosch declarou a jornalistas que "o que o diretor fez foi desrespeitoso", defendendo que o mundo precisava enxergar o episódio como parte da luta de mulheres por respeito e voz dentro de espaços públicos. A situação chegou ao governo mexicano, e a presidente Claudia Sheinbaum elogiou a coragem da modelo, destacando que "as mulheres ficam mais bonitas quando levantam suas vozes e participam", apoiando a firmeza com que Bosch se posicionou.
A direção do Miss Universo também se pronunciou. O presidente do concurso, Raúl Rocha, afirmou que "não permitirei que os valores de respeito e dignidade para com as mulheres sejam violados" e anunciou que o envolvimento de Nawat seria limitado. Mais tarde, o executivo apareceu visivelmente emocionado, justificando suas ações ao declarar: "sou humano, a pressão é imensa". Ainda assim, participou da abertura do evento já cercado de críticas.