A eterna "Rainha dos Baixinhos", Xuxa Meneghel, voltou a ser o centro das atenções ao compartilhar uma visão inspiradora sobre o passar dos anos. Durante sua participação no programa 'Intimamente', comandado por Íkaro Kadoshi, a apresentadora abriu o coração em uma conversa honesta sobre tempo, imagem pública e a busca pela autenticidade. Aos 62 anos, Xuxa demonstra que sua maturidade trouxe, acima de tudo, uma liberdade que ela não experimentou no auge de sua carreira televisiva.
Diferente de muitas personalidades que tentam esconder os sinais da idade, Xuxa encara o espelho com honestidade. Para ela, o envelhecimento não é um tabu, mas uma realidade que deve ser vivida com plenitude. Durante o bate-papo, ela enfatizou que não se deixa abalar pelas expectativas externas ou pelos comentários maldosos nas redes sociais.
"É óbvio que estou velha, são 42 anos que já passaram dos meus 20. Eu não estou nem aí para o que as pessoas estão pensando. Estou vivendo os meus 62 anos porque não vivi os meus 25", afirmou a apresentadora. Essa fala revela um ponto crucial de sua fase atual: a recuperação do tempo perdido. Xuxa sugere que as responsabilidades e a pressão estética de décadas passadas a impediram de desfrutar da juventude com a leveza que possui hoje.
O envelhecimento como espelho social
A artista também analisou como sua imagem serve de termômetro para a sociedade. Para Xuxa, o incômodo que algumas pessoas sentem ao vê-la envelhecer diz mais sobre o medo delas próprias do que sobre a aparência dela. Ela acredita que o processo de aceitação deve ser coletivo para quebrar o preconceito da "velhice" como algo negativo. "Admitir que você envelhece é admitir que nós envelhecemos", destacou Xuxa.
Segundo a apresentadora, esse exercício de reflexão é fundamental para desconstruir o etarismo. Ela defende que, se houvesse mais empatia e escuta ativa, o debate sobre o envelhecer seria focado nas novas possibilidades e não apenas nas perdas físicas. Ao encerrar a entrevista, Xuxa reforçou que cada fase da vida oferece uma oportunidade única de autodescoberta, desde que estejamos abertos a viver o presente sem as amarras do passado.
