O jornalista André Rizek relembrou em entrevista sua época como repórter na revista Playboy, abordando experiências marcantes e inusitadas cobrindo temas relacionados a sexo, fetiches e comportamento.
O jornalista André Rizek, de 50 anos, relembrou na noite de quarta-feira, 17, seus três anos trabalhando como repórter na extinta revista Playboy Brasil. Segundo ele, quando foi contratado, o veículo "só tinha putaria", disse, referindo-se às capas provocativas, matérias sobre sexo, fetiches e comportamento.
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"Virou uma revista de putaria, pode falar isso aqui, né? Era da época da Tiazinha, da Feiticeira, [dos ensaios com ex-] BBB. Aquelas revistas que vendiam 1 milhão de exemplares, 1,5 milhão. E aí as matérias também viraram matérias de putaria e de sexo. A gente só cobria sexo. Eu fiz muita matéria nesse sentido", disse André Rizek, em declaração concedida ao Charla Podcast, apresentado por Bruno Cantarelli e Beto Junior e veiculado no YouTube.
Segundo o jornalista, foram três anos intensos de trabalho na Playboy, entrevistando personalidades e participando de eventos pouco convencionais para a época, como encontro nacional de swingers. Para outra matéria, contou também que precisou se cadastrar em um site de encontros para fetichistas.
"Cobri de tudo, encontro nacional dos swingers. Eram três dias de putaria em Belo Horizonte. Não tem encontro nacional de funcionários do Correio, de advogados? Então, eu fui lá vendo as coisas. Estava meio que começando os clubes de swing, esse cenário e tal, e era um 'troca-troca alucinante'. Voltei e fiz a matéria. Além disso, eu fiquei cadastrado por meses em sites de realizações de fetiches sexuais. Eu era o 'Moreno 75'. Na época, não tinha aplicativo, era site. Tinha que dar match no fetiche, era outra coisa".
Por meio desta plataforma, inclusive, André chegou a marcar um encontro com uma mulher em uma festa fetichista. Quando ele encontrou a moça presencialmente, se assustou -- com a aparência dela -- e resolveu fugir. Após escrever uma matéria zombando dela, ele afirmou que foi um dos maiores erros de sua carreira.
Todavia, a experiência mais traumática para Rizek, segundo o próprio, foi a vez em que cobriu um curso de sexo em um clube para mulheres. A ideia da revista era que ele fosse infiltrado como go go boy; entretanto, a dona do estabelecimento não permitiu, pois ele não tinha estética para o posto. O jornalista então subiu ao palco como assistente de dançarino e, pelo que contou, não agradou em nada quem o assistia.
"Cara, eu era casado com outra mulher. Esse curso era sábado de manhã. Agora imagina, eu sou tímido, não sei dançar. Eu sou uma tragédia dançando. Sou famoso por dançar de um jeito escroto, não tenho molejo. Zero. Eu entrei em muito constrangimento, todo mundo percebeu. A dona do curso veio rebolar em mim, dançar comigo, porque ninguém veio. Obviamente, nenhuma mulher teve interesse em mim".
Entre as pautas mais divertidas, o jornalista também relembrou quando trabalhou por 7 dias em um sex shop. "Vendi de tudo: vibrador, estimulador de clitóris por controle remoto. Fui um baita vendedor".