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Coreógrafo tcheco Jirí Kylián ganha programa exclusivo em SP

São Paulo Companhia de Dança mostra três peças do artista, um dos mais renomados da atualidade, em sequência inédita na América Latina

3 jun 2015 - 09h00
(atualizado às 12h00)

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) vai ter um mês de junho turbinado, pois coloca em cartaz três diferentes programas no Teatro Sérgio Cardoso. O primeiro deles é composto exclusivamente por obras do coreógrafo tcheco Jirí Kylián.

A estreia de “Indigo Rose” inicia a mostra das obras que são todas de autoria de Jirí Kylián
A estreia de “Indigo Rose” inicia a mostra das obras que são todas de autoria de Jirí Kylián
Foto: Wilian Aguiar / Divulgação

“É um programa imperdível. É raro e de muita força cênica. Inédito na América Latina”, anuncia Inês Bogéa, diretora artística da companhia, explicando que a definição da sequência de apresentação é uma escolha do próprio Kylián, que abre com “Indigo Rose”.

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“Não é comum começar com uma estreia”, pontua Inês, que acompanha de perto o trabalho de remontagem feito pelo israelense Amos Ben-Tal, assistente do autor das obras. Ben-Tal, que vive hoje na Holanda, participou da montagem original em 1998. “É uma peça feita para bailarinos bem jovens”, afirma ele, lembrando que quando dançou tinha 19 anos e, agora, tem 34.

A diretora artística destaca o vigor físico exigido pela coreografia de “Indigo Rose” e chama atenção para o diferencial de Kylián no uso da trilha. “Ele é extremamente musical. Cada nota tem um movimento correspondente”, observa Inês. “As músicas são contrastantes. Vão do clássico ao contemporâneo, com Bach, François Couperin, Robert Ashley e John Cage”, exemplifica.

Coreografia para nove bailarinos, “Indigo Rose” tem movimentação vigorosa
Foto: Wilian Aguiar / Divulgação

Sublimes risadas

Após o intervalo, a SPCD apresenta “Petite Mort” (1991), seguida de um trecho do filme “Birth-Day” (2001) e da peça “Sechs Tänze” (1986). “Nesta segunda parte do programa, as músicas de Mozart fazem a ligação entre as obras”, destaca Inês.

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Ela garante ainda que a sensação sublime provocada por “Petite Mort” será sucedida pela projeção em vídeo das cenas engraçadas de uma dança feita em uma cozinha, preparando o público para a cômica “Sechs Tänze”, que faz uma crítica aos valores da época de Mozart. “Daremos boas risadas”.

Kylián é um dos artistas da dança mais renomados da atualidade. Em 2009, se desconectou do Nederlands Dans Theater, onde foi diretor artístico por 23 anos e para o qual já criou 74 peças. Hoje, está envolvido com as atividades de sua fundação com sede em Praga, na República Tcheca. Um autor como ele aumenta a importância e a responsabilidade. “Vai ser uma delícia. Adoramos dançar”, diz Inês.

Ben-Tal também mostra satisfação. Ao todo, ele teve quatro semanas para remontar “Indigo Rose” e supervisionar as outras obras incorporadas ao repertório da companhia (“Sechs” em 2010 e “Petite” em 2013). “A SPCD, por ser muito nova, tem uma abordagem muito contemporânea para o trabalho. A atmosfera é ótima e todo mundo está conectado”, comenta.

Depois da realização do Programa I, apelidado de “Noite Kylián”, a companhia apresenta, de 11 a 14, o Programa II, com coreografias de Jomar Mesquita, Cassi Abranches e a inédita do argentino Mauricio Wainrot. De 18 a 28, o Programa III traz a histórica “La Sylphide”, de Mario Galizzi a partir do original de 1836 de August Bournonville.

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“Indigo Rose”, “Petite Mort”, trecho de “Birth-Day” e “Sechs Tänze”

São Paulo Companhia de Dança

Teatro Sérgio Cardoso

R$ 30

4 de junho, 21h

5 de junho, 21h30

6 de junho, 21h

7 de junho, 18h

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Fonte: Cross Content
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