Eles se apresentam como integrantes do Clube das 5 da Manhã e repetem como mantra: "Controle sua manhã. Potencialize sua vida" A proposta é simples e radical: começar o dia antes do nascer do sol.
A ideia ganhou força com o livro O Clube das 5 da Manhã (Planeta), do escritor canadense Robin Sharma, que associa o hábito de acordar cedo ao sucesso de "grandes gênios, titãs dos negócios e pessoas extremamente sábias".
Conhecido como "guru da liderança" e autor de "O Monge que Vendeu sua Ferrari", Sharma defende uma rotina matinal que classifica como "revolucionária". Segundo ele, levantar às cinco da manhã aumenta a produtividade, melhora a saúde e ajuda a enfrentar tempos complexos. Sua regra 20/20/20 - 20 minutos de exercício, 20 de reflexão e 20 de aprendizado - não está sozinha: livros, aplicativos e vídeos reforçam diariamente a ideia de que a manhã é o segredo do êxito.
Os números, porém, mostram outra realidade. Um levantamento de 2017 indicou que 72% dos espanhóis iam dormir após as 23h, 52% acordavam entre 7h e 8h e apenas 6,2% despertavam antes das 6h. Já em países anglo-saxões, o discurso é mais extremo, sustentado pela lógica de que é preciso "vencer o sono" para "dar conta do dia".
O hábito, antes ligado a trabalhos braçais, hoje é exibido como símbolo de status. Entre os adeptos famosos estão Tim Cook, CEO da Apple (3h45), Bob Iger, da Disney (4h30), além de Martha Stewart e Gwyneth Paltrow, que relatam rotinas matinais intensas envolvendo exercícios, meditação e auto...
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