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IA aumenta produção criativa na publicidade em 185%

IA na publicidade: como a revolução tecnológica alavancou a produção de criativos em 185%

21 set 2023 - 06h00
Foto: Imagem gerada com a IA Adobe Firefly

A propaganda da Volkswagen que reuniu Maria Rita e Elis Regina em um dueto se tornou mais um exemplo de como o uso da Inteligência Artificial na publicidade pode ser polêmico. Antes disso, a pauta quente era sobre como a tecnologia poderia afetar negativamente — há quem diga substituir — os profissionais que trabalham diretamente com criação. 

Em 1990, quando o Photoshop foi lançado pela Adobe, houve discussões semelhantes. Hoje há programas como Pixelmator Pro, que superam o Photoshop inclusive no uso da IA. Mas assim como o software tornou a função do designer mais ágil e estratégica, as ferramentas de IA têm desempenhado um papel semelhante.

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Pelo menos é dessa forma que a All Set, uma das agências na aplicação das in-houses no Brasil, encara as novidades. Com times personalizados e exclusivos para clientes como Ambev, Zé Delivery e Nestlé, no dia a dia a empresa é responsável pelo desdobramento em alta escala de peças publicitárias. No processo de aliar o desenvolvimento criativo com a velocidade, a inteligência artificial chegou para somar. 

“Um squad contemplado por quatro criativos, dois designers e dois redatores, produzia uma média de 350 materiais em um mês. Agora chegamos a 1.000 durante o mesmo período”, ressalta Leopoldo Jereissati, o sócio fundador da All Set.

Plataformas de apoio

Com o apoio de plataformas como CreativeX e VidMob, além do criativo, os profissionais também desenvolveram habilidades de análise de dados. Depois de criar peças-conceito, as tecnologias sinalizam o que pode ser aperfeiçoado para que elas possam performar melhor no digital e converter vendas para os clientes. 

No entanto, o trabalho do publicitário é criar novos caminhos a partir dos direcionamentos da ferramenta. “Ganhamos inteligência na criação de estratégias criativas, pois estamos dedicando mais tempo desenvolvendo soluções do que desdobrando”, explica Leopoldo.

Publicidade

Em vez de desenvolver diferentes versões e analisar uma a uma — prática conhecida como teste A/B — a automação direciona quais mudanças podem ser incorporadas. Por exemplo, a plataforma sinaliza que, em vez de um fundo laranja, a peça irá performar melhor no tom preto. 

“Depois de receber as análises, conseguimos fazer ajustes em um clique. Com a automação, o desdobramento de artes estáticas está três vezes mais rápido. De quatro formatos de peça, passamos a exportar onze, o que potencializa a estratégia digital da marca”, aponta o publicitário.

E se engana quem acredita que as tecnologias facilitam apenas a produção de imagem estática. A edição de vídeos, que demandam mais capacidade de memória das máquinas, também foi potencializada com o uso da inteligência artificial. Com a ferramenta, a elaboração de artes animadas está dez vezes mais rápida. 

“Um ajuste que levaria trinta minutos é feito em um. Além da IA, o que ajuda é o fato de a tecnologia estar em nuvem, demandando menos da máquina”, finaliza ele.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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