Cometa mais brilhante que estrelas se aproxima da Terra; saiba como observar

Cientistas alertam para a visibilidade excepcional do cometa entre setembro e outubro

22 mai 2024 - 13h16
Resumo
O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) vai oferecer um espetáculo celestial no dia 12 ou 13 de outubro, quando se aproximar da Terra. Os cientistas prevêem que o objeto será visível a olho nu, dependendo da quantidade de poeira que ele trará
Foto: Samuel PASTEUR-FOSSE Unplash / Flipar

O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) vai oferecer um espetáculo celestial em breve. Descoberto em fevereiro de 2023, o cometa pode brilhar tanto quanto Vênus. A previsão dos cientistas é que ele vai começar a brilhar com mais intensidade no dia 27 de setembro de 2024, mas seu melhor momento (e mais visível) será entre os dias 12 e 13 de outubro, quando ele se aproximar da Terra

No final de setembro, o C/2023 A3 vai estar numa distância de 58 milhões de quilômetros do nosso planeta. A distância é semelhante da que existe entre Mercúrio e o Sol. Mas já em meados de outubro, o cometa estará a 71 milhões de quilômetros da Terra. Por conta disso, o objeto pode se tornar visível a olho nu em algumas regiões do hemisfério norte.

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Agora, para o Brasil e outras regiões do hemisfério sul, ainda é difícil afirmar. O comportamento do cometa é imprevisível, então tudo depende se ele vai manter um brilho estável quando começar a se aproximar. Se for o caso, o objeto poderá ser visto no hemisfério sul, com telescópio. 

Descoberta

O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) foi descoberto em 22 de fevereiro de 2023, pelos dados do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), na África do Sul. Este sistema de alerta identifica asteroides próximos da Terra com dias ou até semanas de antecedência.

Inicialmente, devido aos dados coletados, o cometa foi confundido com um asteroide. No entanto, imagens do Observatório da Montanha Púrpura, na China, esclareceram que era realmente um cometa em rota em direção à Terra.

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Por enquanto, os cálculos da excentricidade da órbita (que aponta o quão oval ela é) do cometa indicam que ele veio da Nuvem de Oort. Esta é uma nuvem de objetos gelados localizada além dos limites do Sistema Solar, que pode abrigar bilhões de cometas desconhecidos.

Os cometas que vêm da Nuvem de Oort, como o Tsuchinshan-ATLAS, frequentemente possuem composições carregadas de gelo e poeira. Ao se aproximar do Sol, a temperatura alta faz com que esses materiais sublimem, criando, assim, as caudas brilhantes que tornam os cometas tão espetaculares. Se o cometa que passará por aqui tiver uma quantidade significativa de poeira, ele poderá refletir a luz solar, o que aumentaria ainda mais seu brilho.

Fonte: Redação Byte
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