Um programa para proteger uma espécie de tartaruga marinha em risco de extinção na península da Baixa Califórnia, no noroeste do México, conseguiu em 2012 soltar mais de 100 mil filhotes e proteger 1,3 mil ninhos, informou esta quinta-feira uma encarregada da iniciativa.
"Foram protegidos 1,3 mil ninhos e libertados 100 mil filhotes da espécie oliva, isto é, 320 ninhos a mais do que em 2011. Nesta temporada tivemos resultados muito bons e se cumpriu o objetivo", disse à AFP Carla Sánchez, diretora de projetos da Associação de Proteção da Tartaruga Marinha.
As tartarugas-oliva, cujo nome científico é Lepidochelys olivácea, é uma das seis espécies deste réptil que vivem no México. Com 71 cm de comprimento e peso não superior a 45 quilos, estão em risco de extinção devido à exploração de seus ovos e à sua captura acidental na pesca.
A população mundial de fêmeas da espécie diminuiu de 89 mil nos anos 1940 para menos de 8 mil na década de 1980, quando foram reiniciadas as atividades para protegê-la em países como México e Honduras. Em 2011, foram libertados mais de 60 mil filhotes desta tartaruga, o que até então era considerado um número recorde.
Sánchez falou no turístico balneário de Los Cabos, no estado de Baja California Sur, onde participou de uma reunião de ambientalistas e especialistas que trabalham na proteção das tartarugas. A dirigente ambientalista disse que a participação das comunidades locais na proteção das tartarugas tem sido fundamental e destacou também a integração das crianças. "Mais de 2,5 mil crianças têm assistido às oficinas de educação ambiental nos acampamentos tartarugueiros situados perto de Los Cabos", disse.