Astrônomos captam foto detalhada da nebulosa colorida Medusa

Os filamentos de gás - com o resplendor avermelhado do hidrogênio e verde do oxigênio - batizam esta nebulosa com o nome da "Gorgona Medusa"

20 mai 2015 - 14h11
(atualizado às 15h10)
Astrônomos captam imagem mais detalhada da colorida nebulosa Medusa
Astrônomos captam imagem mais detalhada da colorida nebulosa Medusa
Foto: Eso / Divulgação

O Observatório Europeu do Sul (ESO) revelou nesta quarta-feira a imagem mais detalhada feita até o momento da nebulosa Medusa, na qual as estrelas situadas em seu coração já iniciaram "sua transição à aposentadoria" lançando suas camadas externas ao espaço e formando uma colorida nuvem.

A nova imagem foi captada por uma equipe de astrônomos utilizando o telescópio de grande tamanho (VLT) situado no Chile, dentro do programa "Joias Cósmicas" do ESO.

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Segundo o ESO em comunicado, a imagem indica o destino final do Sol, que finalmente também se transformará em um objeto deste tipo antes de terminar sua vida ativa como "anã branca".

Também conhecida como Sharpless 2-274, Medusa tem uma extensão aproximada de quatro anos-luz, se encontra na constelação de Gêmeos a 1.500 anos-luz da Terra e, apesar de seu tamanho, é extremamente frágil e difícil de observar.

Os filamentos de gás - com o resplendor avermelhado do hidrogênio e verde do oxigênio - batizam esta nebulosa com o nome da "Gorgona Medusa", a criatura da mitologia grega que tinha serpentes no lugar de cabelos.

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Durante milhares de anos, os núcleos estelares das nebulosas planetárias "permanecem rodeados por nuvens de gás espetacularmente coloridas". Poucos milhares de anos depois, o gás se dispersou de maneira intermitente em seu entorno, dando lugar a estruturas como a de Medusa.

A etapa como nebulosa planetária é apenas uma pequena fração da vida útil total de uma estrela, explicou o Observatório. Comparada a vida humana, acrescentou, seria um breve instante "equiparável ao tempo que uma criança demora para fazer uma bolha de sabão e vê-la afastar-se à deriva".

O programa "Joias Cósmicas" do ESO - no qual se inclui a última representação da nebulosa Medusa -, é uma iniciativa que faz uso de um telescópio que não pode ser utilizado para observações científicas e reproduz imagens de objetos interessantes, enigmáticos ou visualmente atrativos com fins educativos e de divulgação.

  
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