As baterias de lítio-enxofre para carros elétricos têm um problema; as fezes humanas podem ser a solução

Impulsionar baterias de lítio-enxofre usando aquilo que os próprios humanos produzem já não é uma ideia distante

1 dez 2025 - 08h21
(atualizado às 17h00)
Foto: Xataka

A indústria automotiva se lançou nos braços da eletrificação. Seja com híbridos, plug-in ou 100% elétricos, todos usam baterias — e o fator chave para convencer mais usuários a abandonar os carros a combustão é garantir autonomias maiores. As baterias de estado sólido são uma das tecnologias em pesquisa, mas há outras muito promissoras, como as de lítio-enxofre, e a Universidade de Córdoba (Argentina) acredita que existem dois ingredientes secretos para melhorar a fórmula: urina e excrementos.

Enquanto buscamos uma economia de escala que permita a popularização das baterias de estado sólido, as de lítio-enxofre surgem como uma das grandes esperanças para os carros elétricos. Elas têm o dobro da densidade energética real das baterias de íons de lítio, o enxofre é extremamente abundante e barato (se comparado a materiais críticos como cobalto ou níquel), não está sob controle da China, são mais seguras (porque o risco de fuga térmica é menor) e o impacto ambiental é reduzido.

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Mas essas baterias não são perfeitas: sua condutividade é baixa, os processos de fabricação ainda não estão tão otimizados quanto os das alternativas atuais e, principalmente, sua vida útil ainda é limitada — embora esse ponto esteja evoluindo, o padrão atual é de apenas 300 a 500 ciclos de recarga, contra os 1.000 a 3.000 das baterias de íons de lítio. Ainda assim, como dito, elas se configuram como uma tecnologia promissora — e a Universidade de Córdoba quer que um dos ingredientes dessa bateria seja… ...

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