PUBLICIDADE

Com tecnologia, trabalho de gari vai além da vassoura no RJ

Equipamentos facilitam o trabalho e dão dignidade à profissão, que se especializa. Dia do Gari é comemorado neste mês

20 mai 2024 - 09h24
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
O trabalho dos e das garis é cada vez mais especializado, realizando atividades que exigem formação, como técnicas de rapel, e utilização de equipamentos como as máquinas saneadoras, tratores de comunidade, varredeira compacta e embarcações. Mudanças dão dignidade ao trabalho e eficiência à limpeza.
A poda no alto das árvores evita a queda de galhos e de cocos. Equipamento e trabalho especializado mudam profissão de gari
A poda no alto das árvores evita a queda de galhos e de cocos. Equipamento e trabalho especializado mudam profissão de gari
Foto: William Werneck/Comlurb

A palavra “gari” remete à limpeza feita por homens com vassoura. Mas a tecnologia e as mulheres estão cada dia mais presentes na manutenção da limpeza em cidades como o Rio de Janeiro.

Nomes como Spider, Giro Zero, máquina saneadora de limpeza de praia, trator de comunidade, poda de arvorismo, desbastador, catamarã e varredeira compacta são alguns dos equipamentos usados na limpeza da cidade.

“Nosso trabalho é feito basicamente em escolas e comunidades para evitar acidentes com quedas de galhos, folhas secas e cocos. Uso trava-quedas, corda de segurança de apoio para perna e braço, óculos, luva, gancho. Vou escalando, subindo, de acordo com a necessidade", conta Adriano de Oliveira durante poda ao lado de uma escola municipal na Urca.

Especialista na técnica de arvorismo, o gari de 43 anos faz podas em altura, escalando árvores. O trabalho exige técnicas de rapel e escalada, sobretudo em comunidades, onde não é possível entrarem caminhões de poda. O rapel é usado também para descer encostas e retirar o lixo acumulado.

O que é um robô-roçador?

Controlado à distância, robô roçador executa o trabalho com rapidez. Gari fica atento para evitar obstáculos à máquina
Controlado à distância, robô roçador executa o trabalho com rapidez. Gari fica atento para evitar obstáculos à máquina
Foto: William Werneck/Comlurb

O robô roçador Spider funciona por bluetooth e pode ser manobrado por até 200 metros de distância. Adriano de Souza Gama opera a máquina há nove meses. “Só quando a área tem muitos obstáculos é que precisamos ficar mais próximos. O serviço é feito com muito mais qualidade de vida para o gari", diz o gari.

Outro equipamento é o Giro-Zero, que realiza o corte de mato com alta velocidade e produtividade. O gari Marcelo Arino Pereira opera o equipamento há três anos. “A mobilidade é excelente”, resume.

Na Lagoa Rodrigo de Freitas, uma embarcação tipo catamarã é a responsável por retirar os resíduos da água. Ela é conduzida por um marinheiro de formação, como determina a legislação, mas um gari atua no apoio a guarnição tem sempre no gari o apoio fundamental para a realização do serviço.

Mulheres no comando

Funcionária opera trator de limpeza na praia. Função era masculina, mas agora as mulheres também atuam
Funcionária opera trator de limpeza na praia. Função era masculina, mas agora as mulheres também atuam
Foto: William Werneck/Comlurb

São recolhidos resíduos flutuantes. O trabalho segue no calçadão, onde pode ser usada a varredeira compacta. Ela opera, preferencialmente, em ciclovias, calçadões e áreas externas de estádios de futebol, e conta com mulheres na operação.

Elas estão presentes também na condução de máquinas pesadas, como o trator de praia.  Ana Caroline Martins há dois anos opera o equipamento, e enxerga a importância do trabalho desenvolvido por ela e seus colegas nas areias das praias.

“A máquina facilita o trabalho e alcança coisas que talvez não estejam à nossa vista, como pregos, pedaços de vidro e outros itens”, diz Ana Caroline, em homenagem aos colegas no Dia do Gari, comemorado no último 16 de maio.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade