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Pesquisa prova que, para jovem pobre, trabalhar e estudar é o corre que vira

Levantamento mostra a relação direta entre trabalho e estudo, para quem consegue manter as duas atividades

18 ago 2025 - 07h02
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Resumo
O Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF) ouviu 2.554 pessoas. Maior proporção de alfabetismo consolidado, com 65%, está entre jovens de 15 e 29 anos que trabalham e estudam. Do outro lado, analfabetismo funcional atinge 1 a cada 4 jovens fora da escola e do mercado de trabalho.
Jovens em curso de preparação para o mercado de trabalho no Distrito Federal. Capacitação é um caminho para começar a trabalhar.
Jovens em curso de preparação para o mercado de trabalho no Distrito Federal. Capacitação é um caminho para começar a trabalhar.
Foto: Tânia Rego/AB

Pesquisa nacional mostra mais uma vez que, apesar do esforço enorme para conseguir trabalhar e estudar, jovens que fazem os dois corres estão em trampinhos melhores e, melhor ainda, tendem a continuar estudando. Estão com o “alfabetismo consolidado”, na expressão técnica do Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF).

Esses manos e minas representam 16% de jovens entre 15 e 29 anos que têm “habilidades de compreensão e interpretação de textos mais longos” e capacidade para “atividades mais complexas”. Ana Lima, coordenadora do INAF, diz que “na medida em que vão avançando na vida pessoal e na profissional, eles também vão avançando no seu letramento”.

No entanto, não é qualquer tipo de trabalho que favorece o corre. A maioria dos jovens pobres que trabalham no serviço doméstico são pouco alfabetizados: 19% são analfabetos funcionais e 46% estão no nível elementar. Na outra ponta, 53% daqueles que são empregados do setor privado têm alfabetismo consolidado.

Jovens em curso de preparação para o mercado de trabalho no Distrito Federal. Capacitação é um caminho para começar a trabalhar.
Jovens em curso de preparação para o mercado de trabalho no Distrito Federal. Capacitação é um caminho para começar a trabalhar.
Foto: Fernando Frazão/AB

Um a cada cinco jovens não estudam e não trabalham. Quase a metade deles apresenta apenas o nível elementar de alfabetismo, e 18% estão em situação de analfabetismo funcional. Entre as mulheres, 42% não estudam nem trabalham, índice muito superior ao dos homens na mesma condição, com 17%.

Alfabetismo é diferente, e complementar, à alfabetização

A pesquisa traz um conceito interessante que explica aquilo que acontece quando o mano ou a mina lá do fundão, que tipo nunca saiu do final da M´Boi Mirim, descola um trampinho e começa a vir pra Santo Amaro, pro centro, dali a pouco entra na faculdade, à noite. A vida muda, a cabeça avança, rola um salto qualitativo que simplesmente salva milhões de periféricos de uma vida miserável e medíocre.

A pesquisa explica isso. Trata-se do conceito de “alfabetismo”, que não é sinônimo da “alfabetização” tradicional. O “alfabetismo” rola na firma, no busão, com novos amigos, novos ares, novos papos. “O mundo do trabalho proporciona o aprendizado de novas linguagens, desenvolvimento em outros aspectos da vida”, resume a coordenadora do INAF.

Fonte: Visão do Corre
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