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Você é uma pessoa altamente sensível? Descubra os sinais

Pesquisa com mais de 12 mil pessoas mostra que indivíduos altamente sensíveis têm maior propensão à ansiedade e depressão - mas também um potencial único de empatia

5 nov 2025 - 18h05
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Perceber o mundo com intensidade, captar detalhes que outros ignoram e se emocionar profundamente diante de pequenas coisas. Assim é a vida de quem é altamente sensível. Embora não seja um transtorno, essa característica pode influenciar de forma significativa o bem-estar emocional, especialmente quando não é compreendida.

Estudo revela relação entre alta sensibilidade e transtornos emocionais; entenda o que é ser uma pessoa altamente sensível 
Estudo revela relação entre alta sensibilidade e transtornos emocionais; entenda o que é ser uma pessoa altamente sensível
Foto: Reprodução: Canva/Hamdi Kandi Studio / Bons Fluidos

Uma revisão de 33 estudos internacionais, conduzida pela Queen Mary University of London com mais de 12 mil participantes, mostrou uma associação moderada entre alta sensibilidade e sintomas de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, TOC e fobia social. O padrão observado foi claro: quanto maior a sensibilidade, maior a probabilidade de enfrentar desafios emocionais.

O que significa ser uma pessoa altamente sensível

As chamadas Pessoas Altamente Sensíveis (PAS) processam emoções e estímulos externos com mais profundidade do que a média. Elas costumam perceber mudanças sutis no ambiente, sentir intensamente o humor dos outros e se abalar com situações de conflito, barulho ou agitação.

Cerca de 31% da população se enquadra nesse perfil, enquanto 40% têm sensibilidade média e 29%, baixa. É um traço de personalidade, não uma doença - mas pode afetar a forma como a pessoa lida com o mundo.

Sinais de alta sensibilidade

Pesquisadores costumam identificar esse traço por meio de questionários com perguntas como: "Você é mais afetado pelo humor de outras pessoas do que a maioria?"; "Você se sente sobrecarregado quando muita coisa acontece ao mesmo tempo?". Estudos de neuroimagem reforçam essas observações: cérebros de pessoas sensíveis apresentam maior atividade em áreas ligadas à empatia, ao pensamento reflexivo e ao processamento social, o que explica por que elas costumam ser intuitivas, criativas e emocionalmente perceptivas.

Quando a sensibilidade pesa

A sensibilidade, por si só, não é algo negativo. Ela está por trás de talentos artísticos, empatia profunda e conexões humanas genuínas. No entanto, quando combinada com sobrecarga de estímulos, pode se transformar em exaustão emocional. Entre os fatores mais associados ao sofrimento estão a baixa tolerância a ambientes caóticos e a tendência a se sentir sobrecarregado com responsabilidades ou emoções alheias.

Por outro lado, aspectos como a sensibilidade estética - a capacidade de se emocionar com arte, natureza ou música - não apresentaram correlação forte com transtornos mentais. Isso sugere que o impacto da sensibilidade depende do contexto e da forma como é vivida.

Mas os próprios autores da revisão reconhecem limitações: a maioria dos estudos envolveu mulheres jovens universitárias, e os dados foram transversais. Ou seja, não é possível afirmar que a sensibilidade cause sintomas emocionais, apenas que existe uma relação. Ainda assim, o consenso é que compreender esse traço pode ser um passo importante para personalizar abordagens terapêuticas e fortalecer o bem-estar psicológico.

Por que reconhecer esse traço é tão importante

Apesar de ser comum, a alta sensibilidade ainda é pouco avaliada em consultas médicas e psicológicas. Identificá-la pode ajudar profissionais a adaptar o tratamento e evitar interpretações erradas (por exemplo, confundir a sensibilidade emocional com fragilidade). Pesquisas indicam que terapias baseadas em mindfulness e técnicas de regulação emocional são especialmente eficazes para esse grupo, já que reduzem a reatividade a estímulos e promovem equilíbrio interno.

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