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Calor agrava insuficiência venosa e acende alerta no verão

Altas temperaturas intensificam sintomas circulatórios e antecipam a busca por diagnóstico médico em dezembro

17 dez 2025 - 18h28
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O aumento das temperaturas no fim do ano tem exposto um problema de saúde que avança de forma silenciosa no Brasil: a insuficiência venosa crônica. Com a chegada de dezembro e do calor intenso, cresce a procura por atendimento médico devido à piora de sintomas circulatórios, especialmente nos membros inferiores. Inchaço, dor e sensação de peso nas pernas tendem a se intensificar nesse período, levando muitos pacientes a perceberem que o incômodo vai além de uma questão estética.

Calor agrava insuficiência venosa e acende alerta no verão
Calor agrava insuficiência venosa e acende alerta no verão
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

De acordo com um estudo epidemiológico brasileiro amplamente utilizado como referência pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 47,6% da população adulta apresenta algum grau de insuficiência venosa. Ao longo do ano, a doença pode evoluir de forma discreta, mas costuma se manifestar com mais intensidade nos meses quentes, quando o sistema venoso entra em sobrecarga devido à dilatação dos vasos sanguíneos.

Calor funciona como fator de descompensação

Segundo a cirurgiã vascular Camila Kill, mestre em cirurgia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o calor atua como um gatilho para a piora clínica. "O calor do fim de ano acelera o refluxo venoso e agrava sintomas que antes eram discretos. É quando o paciente percebe que não se trata apenas de uma questão estética, mas de um problema circulatório", explica.

A insuficiência venosa ocorre quando as válvulas das veias perdem eficiência, dificultando o retorno do sangue ao coração e favorecendo seu acúmulo nas pernas. Conforme as diretrizes da SBACV, a falta de acompanhamento adequado pode levar à progressão do quadro e aumentar o risco de complicações, como flebites, trombose venosa profunda e úlceras venosas de difícil cicatrização.

Hábitos de dezembro aumentam os riscos

Além das altas temperaturas, comportamentos típicos do período contribuem para o agravamento da doença. Menor ingestão de água, maior consumo de bebidas alcoólicas, viagens prolongadas e longos períodos sentado ou em pé reduzem a eficiência da circulação sanguínea. "Dezembro concentra uma série de fatores de risco ao mesmo tempo. Calor, desidratação e imobilidade prolongada criam um cenário desfavorável para quem já tem predisposição", alerta a especialista.

A prevenção, segundo Camila, passa por medidas simples, como manter hidratação adequada, evitar longos períodos na mesma posição e adotar uma rotina mínima de atividade física. Ela reforça que a avaliação médica deve ser buscada sempre que os sintomas persistirem, mesmo na ausência de veias aparentes. "O diagnóstico precoce permite intervenções mais simples, reduz riscos futuros e evita que o problema evolua de forma silenciosa", conclui.

Para mais informações sobre saúde vascular e cuidados preventivos, o ideal é procurar um especialista ou acompanhar conteúdos confiáveis sobre o tema.

Saúde em Dia
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