Superbactérias matam 1,2 milhão de pessoas em um ano; OMS faz apelo a farmacêuticas
A maioria dos remédios que encontramos na farmácia são variações de fórmulas desenvolvidas na década de 80.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um apelo para as farmacêuticas em seu relatório "Incentivando o Desenvolvimento de Novos Tratamentos Antibacterianos 2023". Segundo o órgão, a indústria abandonou as pesquisas para desenvolver novos antibióticos que combatam as superbactérias, organismos resistentes a medicações tradicionais e que já mataram cerca de 1,2 milhão de pessoas em um ano, contra 700 mil no relatório anterior.
O relatório apontou que apenas 77 novos tratamentos estão em desenvolvimento clínico no mundo e a maioria é derivada de antibióticos que já existem. Atualmente, a maioria dos remédios que encontramos na farmácia são variações dos remédios desenvolvidos na década de 80.
"Não existe mercado viável para novos antibióticos. O retorno financeiro não cobre os custos do seu desenvolvimento, produção e distribuição", diz o relatório. "Como resultado, as principais empresas farmacêuticas recuaram no desenvolvimento de antibióticos", aponta o relatório.
Ainda, o relatório aponta que o setor prefere investir em áreas mais lucrativas, como a oncologia. Novartis, AstraZeneca, Sanofi, Allergan e Medicines encerraram suas pesquisas antibacterianas na última década.
Estas superbactérias podem causar pneumonia, infecção urinária e outros tipos de doenças que levam à morte.
