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Canetas emagrecedoras viram 'ouro' do crime e impulsionam roubos a farmácias

Roubos a farmácias explodem no Brasil; descubra por que Mounjaro e Ozempic viram alvo do crime e como isso afeta você

27 dez 2025 - 07h03
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O aumento de assaltos a farmácias no Brasil para roubo de medicamentos como Mounjaro e Ozempic chama atenção de autoridades e especialistas. Esses remédios, usados principalmente para controle de diabetes e emagrecimento, passaram a ocupar espaço central no interesse de quadrilhas. Em várias cidades, redes de farmácia reforçam a segurança, enquanto investigações apontam para um mercado ilegal em rápida expansão.

Esse cenário não surgiu de forma repentina. Nos últimos anos, a busca por medicamentos para emagrecer cresceu de maneira constante. Ao mesmo tempo, o preço elevado e a alta procura criaram um ambiente favorável para o crime organizado. Assim, assaltantes enxergam nesses produtos uma forma rápida de lucro, com baixa necessidade de estrutura para revenda.

Por que Mounjaro e Ozempic se tornaram alvo do crime?

A palavra-chave principal nesse debate é medicamentos para emagrecimento. Eles ganharam destaque em redes sociais, consultórios e reportagens. Como consequência, milhares de pessoas passaram a procurar Mounjaro e Ozempic para perder peso. Em muitos casos, essa busca ocorre mesmo sem indicação médica adequada.

Esses remédios têm valor alto nas prateleiras. Em algumas regiões, o preço de uma única caixa ultrapassa o salário mínimo. Desse modo, criminosos identificam oportunidade clara. Eles roubam poucas unidades e obtêm ganhos elevados em pouco tempo. Além disso, o volume das caixas é pequeno, o que facilita o transporte discreto após o assalto.

Outro fator fortalece essa dinâmica. A venda irregular em grupos de mensagens e redes sociais se espalha com rapidez. Nesse ambiente, interessados buscam descontos e não exigem nota fiscal. Assim, assaltantes encontram um público pronto para consumir produtos obtidos de forma ilícita.

Como o mercado paralelo de remédios para emagrecer funciona?

O mercado ilegal de fármacos para emagrecimento segue uma lógica parecida com a de outros produtos de alto valor. Primeiro, criminosos atacam farmácias específicas, em geral redes conhecidas. Em seguida, eles repassam os medicamentos para intermediários. Esses intermediários anunciam os itens em canais fechados, muitas vezes com linguagem técnica para passar impressão de segurança.

Normalmente, esse comércio paralelo adota alguns padrões:

  • Oferta de Mounjaro e Ozempic com grande desconto;
  • Entrega em domicílio sem receita médica;
  • Pagamentos via transferências instantâneas;
  • Uso de perfis falsos ou recém-criados em redes sociais.

Ao agir assim, os grupos dificultam o rastreamento das transações. Ainda, muitos compradores desconhecem a origem criminosa do produto. Outros preferem ignorar essa informação para continuar o tratamento com custo menor. Essa combinação aumenta a demanda e fortalece o ciclo de assaltos a farmácias.

Caneta emagrecedora – depositphotos.com / MillaFedotova
Caneta emagrecedora – depositphotos.com / MillaFedotova
Foto: Giro 10

Quais fatores favorecem tantos assaltos a farmácias?

Diversos elementos ajudam a explicar a alta de ataques contra estabelecimentos farmacêuticos. Em primeiro lugar, farmácias costumam operar em horários estendidos e, às vezes, com equipes reduzidas. Isso facilita investidas rápidas. Além disso, muitos pontos ficam em esquinas movimentadas, o que permite fuga ágil após o crime.

Alguns fatores se destacam nesse contexto:

  1. Baixo risco percebido: grupos avaliam que assaltar farmácias gera menos resposta policial imediata que atacar bancos;
  2. Alto retorno financeiro: poucas caixas de remédio rendem valores significativos na revenda;
  3. Falhas de controle: nem todas as lojas guardam esses medicamentos em áreas restritas;
  4. Demanda constante: a procura por remédios para emagrecimento se mantém alta durante o ano.

Também pesa a facilidade de transporte. Diferente de eletrônicos volumosos, por exemplo, esses fármacos cabem em pequenas mochilas. Com isso, os assaltantes agem de forma rápida, muitas vezes em poucos minutos. Essa dinâmica torna a prevenção um desafio para redes de farmácias.

O que as autoridades e farmácias estão fazendo diante desse cenário?

Diante do aumento desses crimes, órgãos de segurança intensificam operações e investigações. Em alguns estados, delegacias especializadas passaram a mapear rotas de escoamento desses medicamentos. Paralelamente, empresas do setor farmacêutico adotam protocolos mais rígidos de guarda e controle.

Entre as medidas mais frequentes, aparecem:

  • Armazenamento de Mounjaro e Ozempic em áreas internas com acesso limitado;
  • Instalação de cofres específicos para fármacos de alto valor;
  • Treinamento de funcionários para situações de risco;
  • Parcerias com forças policiais para monitoramento de ocorrências.

Além disso, conselhos de classe e entidades de saúde destacam a importância do uso responsável desses medicamentos. Eles reforçam a necessidade de prescrição adequada e acompanhamento profissional. Com isso, pretendem reduzir a procura irregular e, indiretamente, enfraquecer o mercado ilegal.

Como a população pode se proteger desse tipo de situação?

A população desempenha papel relevante nesse cenário. Em primeiro lugar, especialistas orientam que pessoas evitem comprar remédios para emagrecer fora de canais oficiais. Essa prática aumenta riscos à saúde, pois não há garantia de armazenamento correto. Além disso, ela fortalece o circuito criminoso que estimula assaltos a farmácias.

Algumas atitudes contribuem para reduzir o problema:

  • Buscar sempre orientação médica antes de usar Mounjaro ou Ozempic;
  • Adquirir medicamentos apenas em farmácias regulamentadas;
  • Desconfiar de preços muito abaixo da média de mercado;
  • Denunciar anúncios suspeitos em redes sociais.

Dessa forma, o debate sobre roubos a farmácias para obtenção de medicamentos para emagrecimento envolve vários pontos. Ele passa por segurança pública, saúde, regulação e comportamento de consumo. À medida que cada setor ajusta práticas e políticas, o ambiente para esse tipo de crime tende a se tornar menos favorável.

Uma caixa pode chegar até R$ 1.900 – depositphotos.com / mariar12
Uma caixa pode chegar até R$ 1.900 – depositphotos.com / mariar12
Foto: Giro 10
Giro 10
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