Quais são os riscos do excesso de vitamina D para a saúde?
A vitamina D é conhecida por sua importância na saúde dos ossos, na regulação do sistema imunológico e até no equilíbrio hormonal. Nos últimos anos, sua suplementação se popularizou, muitas vezes sem orientação médica, diante de estudos que apontam benefícios para prevenção de doenças. No entanto, quando consumida em excesso, a vitamina D pode se transformar em uma ameaça à saúde.
Diferente de outras vitaminas, a vitamina D é lipossolúvel, ou seja, fica armazenada no tecido gorduroso e no fígado, dificultando sua eliminação pelo corpo.
"O excesso de vitamina D pode levar a uma condição chamada hipervitaminose D, que causa aumento dos níveis de cálcio no sangue (hipercalcemia). Isso pode gerar sintomas como náuseas, vômitos, fraqueza, dor abdominal, constipação, confusão mental, arritmias cardíacas e até insuficiência renal. A suplementação inadequada, sem acompanhamento médico e sem exames laboratoriais, é a principal causa desses riscos", explica a Dra. Eliana Teixeira, médica pós-graduada em endocrinologia e nutrologia.
Quais são os alimentos fontes de vitamina D?
Os alimentos têm pouca concentração de vitamina D. As principais fontes são peixes gordurosos (como salmão, sardinha, atum e cavala), fígado, gema de ovo e cogumelos. "Alguns alimentos são fortificados com vitamina D, como leite, iogurtes e cereais matinais, mas a maioria da vitamina D do organismo vem da exposição solar", explica a especialista
Quando é necessário repor a vitamina com suplemento?
As pessoas que precisam de uma demanda maior de vitamina D no corpo são alguns idosos, desde que não tenham contraindicação, mulheres, pacientes com tendência a osteoporose, que fazem uso de corticoides, por exemplo, podem fazer suplementação oral.
"Ela é segura, mas é bom que o paciente que suplemente faça sempre exames periódicos para ver se os níveis estão satisfatórios", diz.
A falta de vitamina D não causa praticamente nenhum sintoma. "Muitas vezes pacientes com deficiência de vitamina D não sentem nada. A carência é silenciosa, sendo detectada apenas por exames", complementa.
A quantidade diária de vitamina D diária varia conforme a idade e exame do paciente, depende do grau de deficiência do exame e pode variar desde 1000 a 10000 unidades dia. O ideal é consultar um médico antes da ingestão de qualquer suplemento vitamínico.