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Pessoas que usam cadeira de rodas podem ir em montanha-russa? Entenda riscos

Caso de morte de homem em parque da Universal, nos Estados Unidos, levanta questionamentos sobre segurança

28 set 2025 - 04h59
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Resumo
A morte de uma pessoa que usa cadeira de rodas em montanha-russa reacendeu o debate sobre a segurança de pessoas com deficiência em brinquedos radicais, destacando a importância de avaliações médicas individuais, medidas adaptativas nos parques e responsabilidade compartilhada.
O Universal Studios Florida é um parque temático que fica na cidade de Orlando. Na última semana, um homem que usava cadeira de rodas morreu em uma das atrações.
O Universal Studios Florida é um parque temático que fica na cidade de Orlando. Na última semana, um homem que usava cadeira de rodas morreu em uma das atrações.
Foto: Imagem de arquivo/Joe Hendrickson/Getty Images

A morte de Kevin Rodriguez Zavala, de 32 anos, em uma montanha-russa no parque da Universal, nos Estados Unidos, iniciou um debate sobre os riscos para pessoas com deficiência em brinquedos radicais. Ele usava cadeira de rodas por causa de uma atrofia da medula espinhal e não tinha restrições médicas para usar a atração, segundo a família, mas sofreu múltiplos ferimentos por impactos contundentes e não resistiu.

O episódio levanta a dúvida: afinal, pessoas que usam cadeira de rodas podem ir a montanhas-russas? Especialistas explicam que a resposta não é simples e depende do diagnóstico individual, da condição clínica associada e da estrutura de segurança dos parques.

De acordo com o médico fisiatra Dr. Sergio Akira Horita, do Hospital São Luiz Itaim (Rede D’Or), o uso da cadeira de rodas por si só não é uma proibição automática. O que deve ser avaliado são as condições de saúde:

  • Instabilidade da coluna ou escoliose grave aumenta risco de lesão medular;
  • Fragilidade óssea ou osteoporose podem levar a fraturas em impactos;
  • Dificuldade para manter o pescoço e o tronco firmes eleva o risco em giros e acelerações;
  • Doenças cardíacas ou hipertensão descontrolada aumentam as chances de arritmia ou eventos cardiovasculares;
  • Epilepsia não controlada pode ser desencadeada pelos estímulos intensos da atração.

“Um atestado médico sem restrições não significa, necessariamente, que o corpo esteja preparado para suportar as forças de aceleração e impacto de uma montanha-russa”, explica Horita.

Segundo o fisiatra Dr. Marcelo Ares, coordenador médico da AACD, os impactos de um brinquedo radical podem trazer riscos até mesmo para pessoas sem deficiência. “A montanha-russa causa alterações pressóricas, emocionais e físicas. Em indivíduos com ossos ou músculos frágeis, há risco maior de fraturas e rupturas musculares”, aponta.

Os médicos destacam que os principais riscos incluem:

  • Lesão de chicote cervical, causada por movimentos bruscos da cabeça;
  • Compressão vertebral ou fraturas, em casos de fragilidade óssea;
  • Perda de consciência, pela redistribuição de sangue durante acelerações;
  • Impactos torácicos e abdominais, que podem causar traumas internos.

Dicas para manter segurança

Para garantir mais segurança, Horita defende que os parques invistam em assentos adaptados, com cintos em múltiplos pontos, apoios de pescoço e tronco e equipamentos que facilitem a transferência da cadeira de rodas para o assento. Além disso, protocolos de evacuação específicos e treinamento de equipes são fundamentais para atender às pessoas com mobilidade reduzida.

Já Ares ressalta a importância da responsabilidade compartilhada: “Cabe ao parque oferecer condições de segurança universais, mas também ao indivíduo conhecer seu diagnóstico e ponderar os riscos antes de entrar em uma atração radical.”

Especialistas recomendam que pessoas com deficiência ou condições de saúde consultem previamente um médico antes de ir a brinquedos radicais. Também é fundamental buscar informações nos parques, que geralmente trazem regras específicas sobre quem pode ou não embarcar em determinadas atrações.

Fonte: Portal Terra
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