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OMS confirma 2 novos casos de ebola na Guiné

Equipes confirmaram a contaminação em uma mulher e seu filho, de 5 anos

18 mar 2016 - 08h52
(atualizado às 11h51)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira dois novos casos do vírus ebola no sul da Guiné.

Em comunicado, o organismo confirmou os dois casos ontem, no mesmo dia em que deu por encerrado outro foco de contágio na vizinha Serra Leoa. Apesar de a OMS ter anunciado o fim da epidemia na África Ocidental, hoje advertiu que durante os próximos dois anos aparecerão novos focos de contágio, por isso é preciso manter uma vigilância extrema para preveni-los e detectá-los.

A Guiné foi declarada livre de ebola em 29 de dezembro. Desde então, está é a primeira vez que novos casos são notificados.

Foto: John Moore/Getty Images

Os dois casos foram registrados na cidade de Nzérékoré, uma região rural. O alerta foi dado pelas autoridades de saúde locais, após perceber na última quarta-feira que uma família tinha sintomas semelhantes ao do ebola.

A OMS, o ministério da Saúde da Guiné, e os Centros para o Controle das Doenças (CDCs) dos Estados Unidos enviaram equipes e confirmaram que uma mulher e seu filho, de 5 anos, deram positivo ao vírus. A entidade enviou especialistas à região para ajudar às autoridades locais e a expectativa é de que nos próximos dias mais profissionais cheguem para controlar o possível foco.

Em 15 de janeiro, a OMS informou que uma mulher tinha morrido em Serra Leoa por conta do ebola, apenas um dia depois de a entidade anunciar o fim da epidemia na África Ocidental. Uma semana depois, foi confirmado um segundo caso e se estabeleceu uma rede de 150 contatos que foram vigiados até ontem, quando se completaram 42 dias (o dobro do período de incubação do vírus) sem que tivessem aparecido mais doentes, por esse motivo Serra Leoa voltou a ser declarada livre da transmissão do vírus.

Não foi a primeira vez em que o vírus ressurge em um país após ele ser certificado livre do contágio da doença. A Libéria anunciou três vezes esse status, dado que por duas vezes surgiram casos em cadeia de transmissão desconhecida.

A duração da epidemia - quase dois anos - permitiu a realização de vários estudos e se comprovou que o vírus do ebola pode permanecer "inativo" no sêmen dos homens que sobreviveram à doença por períodos que podem chegar a 12 meses. Embora o portador do vírus possa não manifestar qualquer sintoma, ele pode transmiti-lo a seu parceiro ou pessoas de seu círculo mais próximo.

Atualmente, a OMS tem 9 mil colaboradores em Guiné, Libéria e Serra Leoa. Esse total será reduzido a 6 mil ao longo deste ano.

A epidemia, que foi declarada em março de 2014 - com os primeiros casos tendo aparecido em dezembro de 2013 - atingiu 28.500 pessoas, sendo que 11.300 morreram.

EFE   
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