Nova técnica trata queda capilar com sangue do próprio paciente
Dispositivo Exocube transforma sangue em um material rico em exossomos
Uma nova técnica utiliza o dispositivo Exocube para transformar sangue do próprio paciente em exossomos, promovendo tratamentos eficazes contra queda capilar, rejuvenescimento e cicatrização, com alta segurança e resultados superiores ao PRP.
Baseado nos conceitos da Medicina Regenerativa, o uso dos exossomos tem sido apontado como o futuro dos tratamentos de beleza. Mas, até então, a utilização e eficácia desses componentes era limitada, visto que os exossomos disponíveis no mercado são de origem vegetal, obtidos a partir de plantas, por exemplo. Felizmente, agora é possível obter esses componentes a partir do sangue do próprio paciente, o que aumenta sua eficácia e possibilita o aproveitamento de todos os seus benefícios, graças a um dispositivo conhecido como Exocube.
“Recém-chegado ao Brasil, o Exocube é um pequeno cubo capaz de transformar o sangue coletado dos pacientes em um material rico em exossomos, pequenas vesículas extracelulares que possuem um papel importante na comunicação intercelular e carregam uma série de proteínas sinalizadoras, enzimas antioxidantes, lipídios bioativos e microRNAs. Dessa forma, essas moléculas têm poderosa capacidade regenerativa, anti-inflamatória e moduladora, podendo ser utilizadas em tratamentos de rejuvenescimento, melhora de cicatrizes, crescimento capilar, combate à queda, aceleração de cicatrização e reparação de tecidos pós-traumas e procedimentos”, destaca o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e expert em tecnologias dermatológicas.
Minúsculos, com diâmetro médio entre 30 e 150nm, os exossomos podem ser utilizados em protocolos clínicos de microagulhamento, mesoterapia e infusão tópica para finalidades como rejuvenescimento facial.
“Os exossomos estimulam a regeneração celular e a síntese das fibras de colágeno, promovendo melhora da textura, firmeza e luminosidade da pele e redução de rugas e linhas finas”, explica o médico. Ele acrescenta que essas moléculas são capazes, inclusive, de promover um efeito de preenchimento natural, melhorando o volume e a hidratação com um resultado sutil.
O material obtido com o Exocube também pode ser utilizado no couro cabeludo em terapias capilares. “Além de serem grandes aliados em casos de alopecia androgenética e outras forma de queda, estimulando o crescimento de novos fios e melhorando a densidade capilar, os exossomos também contribuem com a saúde do couro cabeludo e promovem hidratação dos fios, tornando-os mais fortes e brilhantes”, explica Lilian Brasileiro, médica membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
E os exossomos ainda podem ser utilizados após procedimentos, por exemplo, para reduzir o tempo de recuperação de peelings químicos, microagulhamento e lasers. “Por atuar na regeneração tecidual, esses componentes também melhoram a aparência de cicatrizes e marcas de acne, além de reduzirem a inflamação e atuarem na aceleração da cicatrização de feridas após traumas e cirurgias”, diz Renato.
Lilian ainda acrescenta a recuperação pós-transplante capilar como benefício. “Observamos uma melhora na vascularização, com consequente aceleração da integração dos folículos transplantados”, pontua.
O médico explica que, para obtenção dos exossomos, é necessário apenas uma pequena quantidade de sangue do paciente, que é coletada em consultório e, em seguida, centrifugada para obtenção do plasma rico em plaquetas (PRP).
“Esse plasma é, então, processado pelo Exocube, que filtra detritos celulares e estimula a liberação de exossomos e fatores de crescimento pelas plaquetas, produzindo um material rico nesses componentes, com cerca de 108 bilhões de vesículas extracelulares por mililitro de produto final”, explica o especialista, que ressalta que, por essa alta concentração, os exossomos possuem uma eficácia muito superior ao uso do PRP isolado. “A eficácia do uso de exossomos é 10 vezes maior em comparação ao PRP. Assim, conseguimos conquistar resultados melhores com um menor número de sessões.”
E o procedimento é muito seguro, pois, além do Exocube ser um dispositivo completamente estéril com baixíssimo risco de contaminação, o material é obtido a partir do sangue do próprio paciente. “Esse é o grande diferencial e a principal vantagem do uso do Exocube. Os exossomos obtidos são autólogos, isto é, derivados das células do paciente, em vez de alógenos, que são aqueles de origem externa, como vegetais, animais e até outros indivíduos. Dessa forma, o risco de reação imune é mínimo e não há chances de infecções e transmissão de doenças. É muito seguro”, diz Lilian Brasileiro.
Outro benefício é a possibilidade da realização de aplicações mais invasivas, o que não é possível com os exossomos alógenos, que são limitados principalmente a aplicações cosméticas. “E, claro, os exossomos exógenos possuem maior eficácia e estabilidade devido à compatibilidade genética com o receptor”, completa a dermatologista.
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