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Álcool aumenta risco de câncer mesmo em consumo moderado

Estudo com 62 pesquisas liga consumo frequente de álcool a maior risco de câncer, mesmo em níveis moderados.

19 dez 2025 - 10h21
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Beber socialmente, em pequenas quantidades ou apenas nos fins de semana, pode não ser tão inofensivo quanto muitos imaginam.

Beber pouco, mas com frequência, também entra no radar da saúde
Beber pouco, mas com frequência, também entra no radar da saúde
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Uma revisão científica conduzida por pesquisadores da Florida Atlantic University, no Charles E. Schmidt College of Medicine, reforça que o consumo de álcool está associado a um risco maior de câncer, inclusive em níveis considerados moderados.

O estudo analisou 62 pesquisas, com amostras que variaram de 80 pessoas a quase 100 milhões de participantes, e encontrou associações mais consistentes entre o consumo de álcool e tumores como câncer de mama, colorretal, fígado e cavidade oral, além de laringe, esôfago e estômago.

Os resultados foram publicados na revista científica Cancer Epidemiology.

Não é só a quantidade que importa

Um dos principais alertas da revisão é que o risco não está relacionado apenas ao volume total de álcool ingerido. Mas, também, a frequência do consumo que aparece associada a maior risco oncológico, mesmo quando as doses individuais são menores.

Segundo os autores, existe um padrão de risco crescente, que aumenta conforme a quantidade e a regularidade do consumo.

Ou seja, beber pouco, mas com frequência, também entra no radar da saúde.

Quando o mesmo copo pesa mais

A análise mostra que o impacto do álcool não é igual para todos.

Alguns grupos se mostraram mais vulneráveis, mesmo com padrões semelhantes de consumo. Entre eles estão idosos, pessoas com obesidade ou diabetes e populações em desvantagem socioeconômica. Parte da literatura analisada também aponta diferenças de risco associadas a raça e etnia.

Além disso, fatores como tabagismo podem amplificar os efeitos do álcool, com variações conforme o sexo e o padrão de consumo.

Outros elementos frequentemente citados nos estudos incluem nível de atividade física, alimentação e presença de infecções, o que reforça a complexidade do risco.

Tipo de bebida e diferenças entre homens e mulheres

Em algumas análises, o tipo de bebida alcoólica também apareceu associado a diferenças no risco para determinados cânceres.

A pesquisa indicou que cerveja e vinho branco foram ligados a maior risco em alguns desfechos, enquanto destilados não apresentaram o mesmo padrão em determinadas análises, um ponto que os pesquisadores tratam com cautela.

O estudo também identificou diferenças por sexo: beber com frequência esteve mais associado ao risco em homens, enquanto episódios de consumo pesado episódico se relacionaram a maior risco em mulheres.

O que os dados permitem concluir

Como se trata de umarevisão de estudos observacionais, os autores ressaltam que não é possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito com o mesmo grau de certeza de ensaios clínicos.

Ainda assim, o grande volume de dados analisados fortalece o alerta: quanto maior e mais frequente o consumo de álcool, maior tende a ser o risco de câncer.

O que se conclui, é que mesmo hábitos considerados "sociais" merecem atenção quando o assunto é saúde a longo prazo.

Saúde em Dia
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