Lipo com pele firme e contorno definido: o que está por trás dos resultados
A gordura localizada dificilmente está sozinha. Muitas vezes, ela vem acompanhada de perda de firmeza na pele
Técnicas modernas de lipoaspiração combinam remoção de gordura com tecnologias de retração de pele e lipoenxertia, oferecendo resultados mais firmes, naturais e com melhor contorno corporal, reduzindo flacidez e cicatrizes.
Quem acompanha os resultados mais modernos dos procedimentos corporais de lipoaspiração já percebeu que, hoje, não basta apenas remover a gordura localizada. Os pacientes buscam mais: firmeza na pele, definição do contorno corporal e um aspecto natural que não denuncie a intervenção. Mas o que mudou na forma como esses resultados vêm sendo alcançados? A resposta está na combinação da técnica de lipoaspiração com tecnologias avançadas de retração de pele, aplicadas durante o próprio procedimento.
“A verdade é que a gordura localizada dificilmente vem sozinha. Muitas vezes, ela vem acompanhada de uma perda de firmeza na pele, que pode ser sutil ou mais acentuada, dependendo da idade, genética, variações de peso e características da região tratada. Por exemplo, isso é muito comum em pacientes que perderam muito peso: por mais que a gordura localizada ainda esteja lá, é muito comum que a flacidez também esteja. E é por isso que muitas vezes as tecnologias de retração de pele são indicadas: elas atuam onde a lipoaspiração tradicional, sozinha, pode não alcançar”, explica Carlos Manfrim, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS).
“Os procedimentos modernos vão além da simples retirada de tecido adiposo ou excesso de pele: eles combinam precisão cirúrgica, refinamento estético e, quando necessário, suporte tecnológico para entregar resultados mais completos e duradouros”, complementa Romero Almeida, cirurgião plástico, diretor da Clínica Moderna Sculpt e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
A lipoaspiração é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo, justamente por sua capacidade de remodelar o corpo ao remover depósitos de gordura que resistem à dieta e ao exercício físico.
“Mas, embora a técnica evolua constantemente, existe um fator anatômico que precisa ser considerado com atenção: a qualidade da pele que recobre essas áreas de gordura. Quando se retira volume de gordura, é natural que ocorra uma sobra de pele, principalmente se ela já apresentava sinais de flacidez antes da cirurgia. Isso significa que, mesmo com a gordura eliminada, o resultado pode não ser tão satisfatório se a pele não acompanhar esse novo contorno”, explica Heloise Manfrim, cirurgiã plástica membro titular da SBCP.
De acordo com Carlos Manfrim, as soluções modernas para esse desafio incluem tecnologias como o Renuvion, o Argoplasma e o Retraction, desenvolvidas para trabalhar em conjunto com a lipoaspiração, durante o próprio procedimento, com o objetivo de retrair a pele e estimular a produção de colágeno.
“Essa proteína dá firmeza, sustentação e elasticidade à pele. O Renuvion, por exemplo, combina gás hélio com radiofrequência, gerando um plasma de alta precisão que aquece o tecido de forma controlada. Esse aquecimento provoca uma contração imediata das fibras da pele e ativa a produção de colágeno nas semanas seguintes, promovendo um efeito contínuo de firmeza”, explica o médico.
Já o Argoplasma, segundo Heloise, é também chamado de plasma de argônio e segue o mesmo princípio: “Ele usa uma corrente elétrica combinada com gás para aquecer as camadas mais profundas da pele. A diferença está no nível de controle e na forma como a energia é aplicada, o que o torna uma excelente opção para áreas que exigem definição delicada e acabamento preciso, como flancos, braços ou região interna das coxas”, diz a médica.
Já o Retraction é uma radiofrequência interna, aplicada diretamente no subcutâneo. “Ela aquece de forma progressiva e segura as camadas profundas, estimulando a retração da pele e promovendo um efeito lifting sem a necessidade de cortes adicionais”, comenta Carlos.
Segundo o cirurgião plástico, a grande vantagem dessas tecnologias é que elas permitem resultados mais completos e naturais, especialmente para pacientes que desejam uma lipoaspiração com menor risco de flacidez residual.
“Elas são indicadas para pessoas que têm boa saúde e já apresentam alguma perda de elasticidade na pele, ou que simplesmente desejam potencializar os efeitos da cirurgia. Além disso, em alguns casos, essas tecnologias podem evitar a necessidade de procedimentos mais invasivos, como a retirada cirúrgica de pele, reduzindo o tempo de recuperação e o número de cicatrizes”, diz Heloise.
“Hoje, os pacientes não buscam apenas remover gordura — eles querem definição, firmeza, simetria e um corpo mais harmônico. A combinação da lipoaspiração com as tecnologias de retração de pele responde exatamente a essa demanda”, acrescenta Carlos.
Para além da tecnologia, é possível refinar os resultados com a lipoenxertia — técnica de reinserção da gordura retirada, após purificação, que tem sido usada com maestria para valorizar áreas como glúteos, quadris e até mesmo a definição da musculatura abdominal.
“Esse recurso é muito usado para projetar glúteos ou suavizar desníveis, conferindo proporções mais equilibradas ao corpo. Na técnica UGraft, reutilizamos a gordura retirada. Ela é tratada e injetada dentro da musculatura, promovendo um discreto aumento de volume e definição. A gordura enxertada, rica em células-tronco, potencializa os resultados – até mesmo em pacientes que não têm grande desenvolvimento muscular natural”, afirma Romero Almeida.
Mas tudo depende da indicação médica. “Esse recurso torna o procedimento mais eficaz e alinhado com os desejos de quem quer transformar o contorno corporal com qualidade estética e durabilidade dos resultados. Apostar nessa associação é, sem dúvida, uma escolha inteligente para quem busca o melhor resultado possível da lipoaspiração”, finaliza Heloise.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.