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Infiltração na articulação: entenda os 4 tipos e usos para diminuir a dor

Corticoides, ácido hialurônico, anestésicos e terapias regenerativas são tipos de infiltrações que podem ser usados em qualquer articulação

28 out 2025 - 06h44
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Resumo
Existem quatro tipos principais de infiltrações nas articulações – corticoides, ácido hialurônico, anestésicos e terapias regenerativas –, cada um indicado conforme o caso, com objetivo de aliviar dores, reduzir inflamações ou promover regeneração tecidual.
Infiltração na articulação: entenda os 4 tipos e usos para diminuir a dor:

Parece mágica: de repente uma injeção (conhecida como uma infiltração) é aplicada nas articulações e aquela dor forte vai melhorando gradativamente. As aplicações de injeções de infiltração na articulação têm crescido, mas ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o procedimento não é único e pelo menos quatro tipos de substância podem ser indicadas. 

“A escolha é estratégica e depende do diagnóstico preciso. A decisão final sempre considerará a condição específica do paciente, a articulação envolvida, a gravidade da lesão e os objetivos do tratamento, seja aliviar a dor rapidamente ou buscar uma reparação a longo prazo. A infiltração pode ser aplicada em praticamente qualquer articulação que cause dor, como joelhos, quadris, ombros, tornozelos e coluna vertebral, além de tendões (como o do cotovelo, no cotovelo de tenista) e bursas (pequenos amortecedores cheios de líquido)”, explica Fernando Jorge, ortopedista especialista em cirurgias do joelho e cirurgias do quadril (HSL-RP), em Medicina Regenerativa (Orthoregen-BR/USA), em Intervenção em Dor (Hospital Albert Einstein) e em Medicina Intervencionista em Dor (Faculdade de Medicina da USP - Ribeirão Preto).

De acordo com o médico, os principais tipos são: corticoides (potentes anti-inflamatórios), ácido hialurônico (um "lubrificante" que funciona como amortecedor articular e anti-inflamatório), anestésicos locais (para bloqueio temporário da dor) e terapias regenerativas (conhecidas como ortobiológicos).

“Um exemplo de terapia regenerativa é o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) e as células-tronco, que buscam regenerar o tecido lesionado”, completa Fernando Jorge.

A infiltração com ácido hialurônico é chamada de viscossuplementação, segundo o médico. “É ideal para o tratamento da artrose (osteoartrite/osteoartrose), principalmente no joelho, mas também em outras articulações. É usado quando a inflamação aguda já passou e o objetivo é proteger a cartilagem e melhorar a função a médio prazo”, destaca o ortopedista. 

“Imagine a articulação como uma engrenagem que precisa de óleo para funcionar sem atrito. O ácido hialurônico é esse "óleo" natural das nossas juntas. Na artrose, esse líquido fica ralo e perde sua função. A infiltração injeta uma versão purificada e concentrada desse ácido diretamente na articulação. Ele funciona como: lubrificante, para facilitar o deslizamento entre os ossos; amortecedor, para absorver impactos e proteger a cartilagem; anti-inflamatório, para reduzir a irritação e a dor; e estimulante, para ajudar as próprias células da articulação a produzirem mais ácido hialurônico natural”, ressalta Fernando. 

Existem produtos de dose única e de dose fracionada. “A dose única é mais cômoda para o paciente, que faz apenas um procedimento. Nas doses em série, são realizadas de 3 a 5 aplicações, uma por semana, de produtos de volume menor. A ideia é fornecer o medicamento de forma gradual, ‘reensinando’ a articulação a funcionar. A escolha entre uma e outra depende da articulação a ser tratada, da gravidade do desgaste e do tipo de produto escolhido pelo médico. Ambas são eficazes”, completa Fernando. 

Imediatamente após a aplicação pode haver um pequeno desconforto ou sensação de peso no local por 1 ou 2 dias. “Recomenda-se repouso relativo nas primeiras 48 horas. Os efeitos de melhora da dor não são imediatos. O processo de melhora é gradual. O paciente começa a sentir alívio significativo após 2 a 4 semanas da aplicação (ou da última aplicação, no caso da série). O efeito pode durar de 6 meses a 1 ano”, explica.

Quando a infiltração é feita com corticoides, o objetivo é fornecer ação anti-inflamatória de ação potente e rápida, como em casos de bursite no ombro que impede o movimento, ou um joelho com artrose inchado e dolorido. 

“Essa infiltração é usada para ‘apagar o incêndio’ em processos inflamatórios agudos, como bursites, tendinites ou crises de artrose. Ele não regenera o tecido, mas interrompe drasticamente o ciclo de inflamação e dor. Geralmente é feita em uma única sessão. Pode ser repetida após alguns meses, se necessário, mas com cautela, pois o uso excessivo pode danificar tecidos como tendões e cartilagens”, explica o ortopedista. 

Imediatamente após a infiltração, o paciente pode ter alívio da dor, muitas vezes dentro de 24 a 48 horas. “É comum sentir uma dor maior nas primeiras 12 a 24 horas devido à reação do corticoide no local. Isso passa logo em seguida. O efeito positivo costuma durar de semanas a alguns meses”, explica Fernando.

A infiltração com anestésicos tem dois propósitos principais: diagnóstico e terapêutico. “No primeiro caso, se o médico injeta o anestésico em um local específico e a dor some, isso confirma que a origem da dor era ali mesmo. É um ‘mapa’ para identificar a fonte do problema. Na questão terapêutica, a ideia é quebrar o ‘ciclo vicioso da dor’. Uma dor forte causa espasmo muscular, que gera mais dor. O anestésico interrompe esse ciclo, permitindo que o paciente se movimente melhor e inicie a fisioterapia”, diz Fernando Jorge. 

“Normalmente essa infiltração é usada em uma sessão, muitas vezes combinada com o corticoide (o anestésico proporciona alívio imediato enquanto o corticoide faz efeito). O alívio da dor é instantâneo, mas temporário. Dura apenas algumas horas (o tempo de ação do anestésico). Se usado para quebrar o ciclo de dor, a melhora funcional (permitir movimentos sem dor) começa assim que o efeito do anestésico surge”, comenta o ortopedista.

Quanto ao uso regenerativo, o médico explica que no PRP é feita uma coleta de sangue do próprio paciente, que é centrifugado para separar e concentrar as plaquetas (células responsáveis pela cicatrização). 

“Esse concentrado é então injetado na lesão. Ele libera fatores de crescimento que estimulam a cura e regeneração de tendões, ligamentos e cartilagens”, comenta. Já na terapia com células-tronco, utiliza-se células-tronco (geralmente obtidas da medula óssea ou tecido adiposo do paciente) para tentar regenerar verdadeiramente tecidos lesados, como a cartilagem articular. É um campo em constante evolução”, explica. “Os ortobiológicos (regenerativos) são indicados para lesões tendíneas crônicas (como epicondilite/tendinite do manguito rotador), artrose leve a moderada e algumas lesões de cartilagem. O objetivo é a cura e regeneração tecidual, não apenas o controle da dor”, finaliza o médico.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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