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Gamofobia: entenda como o medo de compromissos afetivos profundos pode ser doença

Fobia em questão pode gerar sintomas físicos, emocionais e comportamentais, que geram prejuízos na vida de quem sofre da condição

9 dez 2025 - 04h59
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Resumo
A gamofobia é o medo intenso de compromissos afetivos profundos, como casamento e relacionamentos, podendo causar prejuízos físicos, emocionais e comportamentais significativos; tratamento inclui terapia e, em alguns casos, medicação.
Gamofobia é o medo intenso de casamento
Gamofobia é o medo intenso de casamento
Foto: Foto: Unsplash/Jonathan Cooper

Em 2023, a modelo Ju Isen, hoje com 40 anos, revelou em postagem nas redes sociais sofrer de gamofobia: o medo irracional e intenso de casamento, compromisso ou relacionamentos sérios. “O casamento é como uma prisão para mim. Sinto-me sufocada só de pensar em ficar presa a uma pessoa para o resto da vida. Não sei se sou capaz de me comprometer dessa forma”, descreveu a modelo na ocasião. 

Ela ainda explicou que experiências passadas contribuíram para o seu medo: “Já tive muitos relacionamentos ruins, e acho que isso acabou gerando um trauma. Hoje, não consigo nem me imaginar vivendo em um casamento”.

Apesar de Ju Isen citar “casamento”, a gamofobia abrange outros níveis de relacionamento. “O namoro, o noivado, o morar junto até mesmo sem casar, os projetos de casamento e conversas românticas sobre vida futura a dois”, explica a psicoterapeuta Marina Simas, do Instituto do Casal.

As pessoas que sofrem dessa condição podem apresentar sintomas físicos e emocionais significativos, como ansiedade, palpitações, sudorese, pânico e evitar situações que envolvam compromisso amoroso.

Embora ainda pouco conhecida, a gamofobia vai além de um simples receio ou escolha pessoal do indivíduo. Segundo Marina, a partir do momento em que esse tipo de fobia gera um sofrimento significativo e prejuízo na vida de alguém, é hora de buscar auxílio profissional. “Ela não tem liberdade para escolher e passar de fase em sua vida relacional. Esse medo associado aos sintomas físicos e emocionais dominam a pessoa.”

Entre os sintomas físicos estão a taquicardia, a sudorese, a falta de ar e o enjoo. Os emocionais incluem medo, ansiedade, ambivalência (dois sentimentos ou duas ideias) e culpa. Já no âmbito comportamental, a pessoa que sofre de gamofobia tende a evitar conversas e estabelecer vínculos com o(a) parceiro(a); opta pelo distanciamento e afastamento emocional; procrastina decisões em função de bloqueio, sabota e foge das relações.

A modelo Ju Isen revelou em postagem nas redes sofrer de gamofobia
A modelo Ju Isen revelou em postagem nas redes sofrer de gamofobia
Foto: Reprodução/Instagram/juisen

A origem da gamofobia

Segundo Marina, os gatilhos para o desenvolvimento da gamofobia são diversos. A psicoterapeuta listou alguns deles com base em sua prática clínica:

  • Experiências negativas ou abusivas vivenciadas pela pessoa na relação atual, ou em relações anteriores;
  • Modelos de relações parentais disfuncionais;
  • Medo da perda da própria liberdade e individualidade (uma associação de casamento a aprisionamento, dor e perda);
  • Pressão social por parte de familiares (o “ter de casar”);
  • As crenças limitantes sobre o que é o casamento e como ele funciona;
  • O medo de se tornar vulnerável por dividir a vida com alguém e não ter mais autonomia;
  • Medo de confiar em um parceiro(a) não confiável.

Gamofobia: como tratar

A intervenção mais indicada para o tratamento contra a gamofobia é a terapia. A partir dela, é possível “flexibilizar e trabalhar a parte emocional, que gera sintomas como o medo exacerbado com todos os efeitos físicos decorrentes”, esclarece Marina — em alguns casos, o tratamento também pode ser associado ao uso de medicação

“O trabalho consiste em psicoeducação, construção de novos modelos possíveis de relações, criação de um modelo funcional que possibilite a individualidade e conjugalidade com limites e combinados bem claros”, explica a profissional. “Quanto às linhas terapêuticas, a terapia sistêmica, cognitiva comportamental, teoria do apego e terapia narrativa são muito eficientes.”

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Fonte: Portal Terra
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