Faz mal treinar de barriga cheia?
Quando o corpo inicia o processo de digestão, o fluxo sanguíneo é direcionado para o sistema gastrointestinal
A prática de exercícios físicos em seguida a uma refeição completa pode aproveitar a energia dos alimentos para o treino, mas, em excesso, pode ser prejudicial.
Quando o corpo inicia o processo de digestão, o fluxo sanguíneo é direcionado para o sistema gastrointestinal, priorizando a quebra e a absorção de nutrientes.
"Treinar de barriga cheia pode ser desconfortável e prejudicial podendo causar náusea, refluxo, mal-estar, sensação de estufamento e dificuldade para se movimentar e queda no rendimento", explica a nutricionista Vanessa Furstenberger.
Entre os desconfortos estão:
- Náusea e vômito: O movimento físico pode agitar o estômago, provocando enjoo ou, em casos mais intensos, vômito.
- Refluxo e azia: A pressão abdominal exercida durante o exercício pode facilitar o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, causando azia e refluxo.
- Sensação de peso e letargia: O processo digestivo consome energia. Treinar com o estômago cheio pode gerar uma sensação de peso e fadiga, comprometendo o desempenho do treino.
- Cãibras: Embora a relação não seja totalmente comprovada, a diminuição do fluxo sanguíneo para o sistema digestivo, combinada com o esforço físico, é apontada por especialistas como um fator de risco para cãibras.
A especialista diz que o ideal é fazer uma refeição leve 30 a 60 minutos antes do treino, ou esperar 1h30 a 2h se a refeição for completa.
"Para quem busca resultados, é importante comer antes e depois do treino. Antes porque a refeição fornece energia para a atividade, evita hipoglicemia e mal-estar e melhora o desempenho no treino. E depois, a refeição favorece a recuperação muscular, estimula a síntese proteica e repõe os estoques de glicogênio", orienta.