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Família tenta voltar ao Brasil após mulher sofrer 3 paradas cardíacas e ficar em estado vegetativo nos EUA

Brasileira precisa voltar ao país para seguir com o tratamento; família criou uma campanha de arrecadação

11 jul 2025 - 19h25
(atualizado às 21h18)
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Resumo
Família brasileira em Orlando busca voltar ao Brasil após Fabíola da Costa, de 32 anos, sofrer três paradas cardíacas, ficar em estado vegetativo e necessitar de tratamento intensivo, enfrentando dificuldades financeiras e altas despesas médicas.
Família de Fabíola da Costa tenta voltar para o Brasil para continuar tratamento
Família de Fabíola da Costa tenta voltar para o Brasil para continuar tratamento
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A brasileira Fabíola da Costa, de 32 anos, vive há cerca de dez meses em uma cama hospitalar e necessita de cuidados 24 horas por dia. Vivendo com a família em Orlando, nos Estados Unidos, ela teve um mal súbito e três paradas cardíacas. Por ter ficado muito tempo sem oxigenação cerebral, ela se encontra em estado vegetativo.

Ao Terra, o marido dela, Ubiratan Rodrigues da Nova, contou que a esposa sempre foi saudável e nunca teve nada que pudesse deixar a família em alerta sobre sua saúde. Desde 2019 no país norte-americano, o casal foi buscar uma vida melhor nos EUA. Là, ele trabalhava como caminhoneiro e Fabíola como manicure. Mas agora, a família deseja voltar para o Brasil para poder dar um tratamento mais adequado para a mineira de Juiz de Fora (MG). 

O pesadelo deles começou em uma sexta-feira, no dia 20 de setembro do ano passado. Ubiratan fazia uma viagem para o Texas quando recebeu, naquela data, uma ligação de seu filho do meio, Thiago, com 13 anos na época, dizendo que Fabíola estava passando mal. 

Ubiratan desviou a rota, mas só conseguiu chegar no dia seguinte, quando a esposa já estava internada e havia passado por uma primeira cirurgia no abdômen, já que tinha vomitado sangue. Foi seu primogênito, Arthur, quem dirigiu até o hospital levando a madrasta, acompanhado dos irmãos, incluindo a pequena Liz, de 4 anos. 

“Então, começou o pesadelo. No domingo à tarde, o médico veio falar comigo que ela estava com morte cerebral. O médico me deu a notícia, já perguntando se eu queria doar os órgãos, porque eles são bem frios. Falei que não poderia tomar essa decisão sozinho e que precisava falar com a família dela também”, explicou o caminhoneiro. 

A mineira que era vaidosa, sorridente e sonhadora, como descreveu o marido, agora estava presa a uma cama. 

Fabíola da Costa, de 32 anos, está em estado vegetativo após sofrer três paradas cardíacas
Fabíola da Costa, de 32 anos, está em estado vegetativo após sofrer três paradas cardíacas
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Melhora no quadro

No dia seguinte, quando voltou ao hospital, percebeu que a esposa estava se mexendo, e questionou a equipe médica. Nesse momento, eles disseram que se tratava apenas de “coma”. Nesse período, também foi descoberto que ela teve uma perfuração pulmonar devido às  manobras de ressuscitação, conforme o marido. 

Com o passar dos dias, Fabíola que antes permanecia imóvel em cima da cama, passou a se mexer um pouco, abrir e movimentar os olhos, reagir a estímulos. Ubiratan sabia que essa era a hora de lutar pela vida da esposa. 

“Os médicos dizem que ela não vai passar disso, mas não é o que a gente vê. Cada dia que passa ela tá melhor e para que ela evolua mais a gente precisa de mais fisioterapia, de fonoaudiologia”, reforça. 

Ela ficou sete meses internada na unidade de saúde, e depois, foi encaminhada para uma clínica, que prometia ter monitoramento 24h por dia, assim como no hospital. Mas chegando lá, o caminhoneiro percebeu que havia sido enganado e optou por levá-la para casa.

Volta para o Brasil

 O marido conta que cuida da esposa praticamente sozinho. “A carga é muito grande e eu estou cansado, preciso de ajuda. Eu preciso ser pai, mãe, enfermeiro, médico, tudo ao mesmo tempo. O tratamento dela é o principal motivo que a gente tem para retornar” esclareceu. 

Ainda no começo dessa trajetória da Fabíola, o hospital se ofereceu para fazer a viagem da paciente, com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea com todo o suporte que ela precisasse. Ocorre que, naquele momento, ela não estava apta para viajar devido à perfuração no pulmão. Há pouco mais de dois meses, o médico liberou a viagem, mas a instituição de saúde afirmou que não poderá arcar com os custos. 

Fabíola da Costa, de 32 anos, está em estado vegetativo após sofrer três paradas cardíacas
Fabíola da Costa, de 32 anos, está em estado vegetativo após sofrer três paradas cardíacas
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O caminhoneiro explica que tentou junto ao consulado algum recurso, mas foi informado que eles não fazem esse tipo de serviço. Então, o que restou foi pedir ajuda na internet, já que a família está vivendo de doações, já que Ubiratan parou de trabalhar para cuidar da esposa. 

“A gente vive de doações para tudo, para se alimentar, pagar aluguel. Esse também é um motivo que a gente precisa de voltar, porque as pessoas ajudam, mas elas não podem ajudar sempre. O custo de vida aqui é muito caro, infelizmente os nossos parentes do Brasil não podem ajudar, ainda mais nessa situação do dólar. Não dá mais para ficar vivendo de ajuda”, desabafou. 

A UTI aérea custa entre US$ 50 mil a US$ 200 mil devido à distância da viagem e aos aparelhos disponíveis para os cuidados específicos, como ventiladores mecânicos, monitores cardíacos e desfibriladores, e bombas de infusão. A família pode receber doações por meio dos sites Vakinha e GoFundMe

Ao descrever toda a situação, Ubiratan usa a palavra “inacreditável”. “É inacreditável a vida mudar, assim, de uma hora para outra, e a gente ter que mudar a rota, entender que os planos que a gente tinha mudaram, e a gente precisa recalcular a rota”, finaliza. 

Fonte: Redação Terra
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