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Esta doença pulmonar é a quarta que mais mata no mundo. Veja causa e sintomas

Descubra o que é DPOC, principais sintomas, causas, por que é a quarta que mais mata no mundo e opções de tratamento eficazes

12 dez 2025 - 17h03
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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, conhecida pela sigla DPOC, é um problema respiratório que compromete de forma progressiva a passagem de ar pelos pulmões. Trata-se de uma condição crônica, que não tem cura até o momento, mas que pode ser controlada com acompanhamento médico, mudanças de hábitos e uso correto de medicamentos.

Ao longo dos últimos anos, a DPOC passou a ser vista como um importante desafio de saúde pública, principalmente em países onde o tabagismo ainda é frequente e a poluição do ar permanece elevada. Em 2021, dados internacionais apontaram mais de 3 milhões de mortes relacionadas à doença, o que a coloca entre as principais causas de óbito no planeta. Por isso, entender o que é DPOC, reconhecer os sinais precoces e saber quais são as opções de tratamento tem se tornado cada vez mais relevante.

O que é DPOC e como ela afeta os pulmões?

A DPOC é caracterizada por uma obstrução persistente do fluxo de ar nos pulmões. Essa obstrução surge principalmente por inflamação crônica das vias aéreas e destruição gradual dos alvéolos, estruturas responsáveis pelas trocas gasosas. Com o tempo, os brônquios ficam mais estreitos, o muco se acumula e o pulmão perde elasticidade, dificultando tanto a entrada quanto a saída de ar.

Na prática, a doença costuma reunir dois quadros principais: a bronquite crônica, marcada por tosse prolongada e produção de secreção, e o enfisema pulmonar, em que ocorre destruição das paredes dos alvéolos. O resultado é um esforço maior para respirar, sensação de cansaço nas atividades do dia a dia e maior risco de infecções respiratórias. A DPOC costuma avançar lentamente, o que faz muitas pessoas associarem os sintomas ao "envelhecimento natural", retardando a procura por atendimento.

Quais são os sintomas da DPOC?

Os sintomas da DPOC variam de leves a intensos e costumam piorar com o passar dos anos, sobretudo quando a exposição ao fator de risco continua. Entre as manifestações mais comuns, destacam-se:

  • Falta de ar (dispneia), inicialmente em esforços maiores e, depois, em tarefas simples;
  • Tosse crônica, que pode durar meses e se repetir ao longo de vários anos;
  • Produção de catarro, geralmente pela manhã, indicando inflamação das vias respiratórias;
  • Chiado no peito e sensação de aperto torácico;
  • Cansaço fácil, redução da tolerância a atividades físicas e perda de condicionamento.
Falta de ar, tosse persistente e cansaço: reconhecer os sinais da DPOC é essencial para proteger a saúde pulmonar – depositphotos.com / imagepointfr
Falta de ar, tosse persistente e cansaço: reconhecer os sinais da DPOC é essencial para proteger a saúde pulmonar – depositphotos.com / imagepointfr
Foto: Giro 10

Em estágios mais avançados, a DPOC pode provocar perda de peso, inchaço nas pernas, infecções respiratórias repetidas e necessidade de oxigênio suplementar. Exacerbações, isto é, períodos em que os sintomas pioram de forma súbita, muitas vezes exigem atendimento de emergência ou internação. O diagnóstico precoce, feito geralmente com o exame de espirometria, é essencial para retardar essa progressão.

Quais são as principais causas da DPOC?

A principal causa da DPOC é o tabagismo, incluindo o cigarro tradicional, cigarros de palha e outros produtos combustíveis. A fumaça do tabaco contém substâncias que irritam e inflamam os pulmões, provocando danos cumulativos. Em muitos pacientes, o histórico de fumo prolongado está diretamente associado ao surgimento da doença, mesmo em quem já abandonou o cigarro há anos.

Além do tabaco, outros fatores também contribuem para o desenvolvimento da DPOC:

  • Exposição ocupacional a poeiras, produtos químicos e fumaças tóxicas;
  • Poluição do ar nas grandes cidades, com partículas que penetram profundamente nas vias aéreas;
  • Uso prolongado de fumaça de lenha e combustíveis sólidos em ambientes fechados, ainda comum em algumas regiões;
  • Predisposição genética, como a deficiência de alfa-1 antitripsina, que torna os pulmões mais vulneráveis.

É importante destacar que a DPOC pode atingir não fumantes, sobretudo quando há forte exposição à poluição ou histórico familiar. No entanto, parar de fumar é a medida isolada com maior impacto positivo na redução do risco.

Por que a DPOC é uma das doenças que mais matam no mundo?

A DPOC aparece entre as principais causas de morte no mundo por uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, trata-se de uma doença crônica e progressiva, que nem sempre é identificada de forma precoce. Muitas pessoas só recebem diagnóstico em fase avançada, quando a função pulmonar já está bastante comprometida.

Outro ponto é a alta prevalência do tabagismo e da poluição atmosférica, especialmente em países de baixa e média renda. Em 2021, estimativas globais apontaram mais de 3 milhões de óbitos relacionados à DPOC, número que reflete não apenas a gravidade da doença, mas também o acesso limitado a tratamentos adequados em diversas regiões.

Complicações cardiovasculares, infecções respiratórias graves, insuficiência respiratória e impacto sobre outros órgãos contribuem para esse índice de mortalidade. A DPOC também está associada ao envelhecimento populacional: quanto mais pessoas vivem por mais tempo, maior é a chance de quadros crônicos surgirem ou se tornarem evidentes.

Qual é o tratamento da DPOC e como ele ajuda no dia a dia?

O tratamento da DPOC tem como objetivo reduzir sintomas, diminuir o risco de exacerbações e melhorar a qualidade de vida. Embora não exista cura, a combinação de medidas médicas e mudanças de estilo de vida pode desacelerar a progressão da doença.

  1. Abandono do tabagismo: parar de fumar é o passo mais importante. Programas de cessação, apoio psicológico e medicamentos específicos podem auxiliar nesse processo.
  2. Broncodilatadores inaláveis: são remédios que relaxam a musculatura das vias aéreas, facilitando a passagem do ar. Podem ser de ação curta ou prolongada, usados conforme orientação médica.
  3. Corticoides inaláveis: em alguns casos, são combinados aos broncodilatadores para reduzir a inflamação crônica dos brônquios.
  4. Reabilitação pulmonar: inclui exercícios físicos supervisionados, técnicas de respiração e orientações de fisioterapia, ajudando o paciente a lidar melhor com a falta de ar.
  5. Oxigenoterapia: indicada em estágios mais avançados, quando a saturação de oxigênio permanece baixa, mesmo em repouso.

Vacinas contra gripe e pneumonia, alimentação equilibrada e acompanhamento regular com pneumologista também são partes importantes do cuidado. Em situações específicas, podem ser considerados procedimentos como redução de volume pulmonar ou transplante, sempre avaliados caso a caso.

Parar de fumar, tratar corretamente e acompanhar com um especialista são passos fundamentais para frear o avanço da DPOC – depositphotos.com / HayDmitriy
Parar de fumar, tratar corretamente e acompanhar com um especialista são passos fundamentais para frear o avanço da DPOC – depositphotos.com / HayDmitriy
Foto: Giro 10

Como prevenir ou reduzir o risco de DPOC?

A prevenção da DPOC passa principalmente pelo controle dos fatores de risco ao longo da vida. Entre as medidas mais citadas estão:

  • Não iniciar o hábito de fumar e buscar ajuda especializada para quem deseja parar;
  • Usar equipamentos de proteção no trabalho quando há exposição a poeiras e químicos;
  • Reduzir a exposição à fumaça de lenha e preferir ambientes bem ventilados;
  • Acompanhar sintomas respiratórios persistentes, como tosse e falta de ar, com avaliação médica e exames de função pulmonar.

Dessa forma, o entendimento sobre o que é DPOC, seus sintomas, causas, risco elevado de mortalidade e possibilidades de tratamento ajuda a reconhecer a doença mais cedo e a buscar estratégias para conviver melhor com o problema, mantendo a rotina o mais ativa e segura possível.

Giro 10
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